Em meio à onda de protestos nos EUA, time da NFL remove estátua de ex-dono acusado de racismo
O Carolina Panthers, equipe de futebol americano da Carolina do Norte que disputa a NFL, removeu a estátua do ex-proprietário Jerry Richardson, instalada no Bank of America Stadium, onde o time manda seus jogos, há quase 25 anos, desde a inauguração, em meio à onda de protestos antirracistas que tomou os Estados Unidos após o assassinato do segurança George Floyd pela polícia de Minneapolis.
A direção do clube portanto, se viu obrigada a tomar medidas de prevenção, antes que o monumento fosse derrubado, a exemplo do que aconteceu na Inglaterra com a estátua de um mercador de escravos. A discussão ao redor do tema já dura mais de dois anos, quando vieram à tona casos de assédio e racismo cometidos por Richardson.
“Estávamos cientes das conversas recentes em torno da estátua de Jerry Richardson, e estamos preocupados com possíveis tentativas de derrubá-la”, afirmou a equipe em comunicado. “Estamos removendo a estátua por uma questão de segurança pública”.
Em dezembro de 2017, Richardson colocou a equipe à venda após uma matéria da Sports Illustrated citar casos de assédio sexual e, em pelo menos uma ocasião, ofensas raciais a um olheiro negro. O texto revelava que os acordos na justiça vinham com cláusulas que impediam a divulgação, e proibiam as partes envolvidas de falar sobre os detalhes. A NFL multou Richardson em US$ 2,5 milhões após as acusações.
Richardson era o único dono do Carolina Panthers até 2018, quando Tepper pagou US$ 2,2 bilhões pelo clube, que nunca venceu o Super Bowl.
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