COI descarta planos de contingência para Tóquio 2020 por coronavírus
O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou nesta sexta-feira que não cogita transferir ou adiar os Jogos Olímpicos deste ano, nem mesmo qualquer tipo de plano de contingência, devido à epidemia do novo coronavírus.
“Não há razão para ter planos de contingência ou cogitar a mudança dos Jogos”, declarou o presidente do Comitê Coordenador do COI para os Jogos Olímpicos, John Coates, após uma reunião com os organizadores de Tóquio 2020.
Coates descartou categoricamente qualquer mudança no programa dos Jogos a serem realizados na capital japonesa em menos de seis meses, quando foi questionado sobre essa possibilidade após o surgimento da Covid-19 na China, que também se espalhou para o Japão e já deixou uma morte no país.
“Continuamos trabalhando em estreita colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e continuamos analisando a situação dos atletas chineses que viajarão para as competições de classificação para Tóquio 2020”, disse Coates.
A epidemia do novo coronavírus foi um dos pontos principais discutidos na reunião de coordenação realizada em Tóquio entre os organizadores e o COI, segundo o dirigente, que destacou a total confiança do COI nas autoridades japonesas para lidar com as infecções.
“Todas as medidas tomadas pelas autoridades competentes para lidar com a situação e para garantir que possamos ter Jogos seguros para os atletas e para o público estão sendo apropriadas”, considerou.
O representante do COI admitiu as dificuldades que os chineses podem ter em participar de competições internacionais no futuro próximo e nos próprios Jogos, mas ressaltou que muitos deles estão no exterior treinando e, portanto, não devem ter problemas.
Um caso diferente seria o dos atletas ou espectadores de Hubei, a província chinesa no epicentro da epidemia, a quem poderia ser negada a entrada no Japão. Atualmente, pessoas dessa região ou que nela estiveram nos últimos dias estão sendo vetadas pelas autoridades japonesas.
“Este é um assunto para as autoridades japonesas e, em todo caso, respeitamos as medidas de segurança sanitária que cada país quiser adotar a esse respeito”, esclareceu Coates.
Nesta quinta, foi confirmada a primeira morte no Japão de uma pessoa infectada pelo novo coronavírus, uma senhora de 80 anos que vive em Kanagawa e teria sido contagiada pelo genro, um taxista que participou de uma festa com pessoas que haviam estado em Hubei dias antes.
Até hoje, as autoridades japonesas relataram cerca de 250 casos de Covid-19, a maioria deles passageiros ou tripulantes de um cruzeiro que foi atracado e colocado em quarentena por mais de uma semana perto do porto de Yokohama, ao sul da capital.
*Com informações da EFE
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