COI está convencido de que Jogos de Paris 2024 terão orçamento respeitado

  • Por EFE
  • 02/11/2017 13h33
IOC / Greg Martin Thomas Bach Para Bach, investimento do COI e receitas com marketing impedirão prejuízos dos Jogos de Paris

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, disse que está “muito confiante” de que os organizadores dos Jogos de Paris 2024 respeitarão seu orçamento e que, inclusive, há muitas possibilidades de que o evento gere lucro em termos operacionais.

Em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal francês Le Parisien, Bach comentou que será somada a contribuição do COI – cerca de 1,46 bilhão de euros – com as receitas de marketing, o que, no total, chegará a 4,04 bilhões de euros, e isto é “muito mais” que os US$ 3,8 bilhões de euros que a candidatura da capital francesa previu no orçamento operacional.

Por isso, Bach acrescentou que “há muitas possibilidades de que o evento gere lucro”.

Quanto ao programa de investimentos, o dirigente esportivo afirmou que no caso de Paris “é mínimo” o risco de uma “derrapada”, já que 95% das instalações já existem ou terão um caráter temporário.

Sobre esse aspecto, Bach considerou que no passado houve defasagem entre os investimentos previstos e os realizados efetivamente porque algumas cidades-sede aproveitaram os Jogos “como um catalisador para outros projetos”.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que também foi entrevistada pelo Le Parisien, especificou que, na hora de desenvolver o projeto da candidatura, “as necessidades” constatadas no terreno foram o ponto de partida, de modo que “não haverá despesas inúteis”.

“Os Jogos de 2024 – segundo Anne Hidalgo – consumirão 1,5 bilhão de euros de recursos públicos, uma quantia importante, mas que financiará a construção de infraestruturas que servirão de forma duradoura aos moradores”.

Basicamente, o que será construído é a piscina olímpica, assim como a vila dos atletas e as instalações que serão ocupados pelos meios de comunicação e seus profissionais, “que depois se transformarão em bairros”.

Para garantir a transparência na gestão, a prefeita solicitou o apoio da Alta Autoridade para a Transparência da Política e do Tribunal de Contas da França.

Além disso, Hidalgo propôs a criação de um comitê de ética e de transparência, “com poderes de investigação” e pediu ao secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, que lhe preste assistência, aproveitando sua experiência neste campo.

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