Coreias podem organizar Jogos Asiáticos de Inverno juntas, segundo Pyongyang
O único membro do Comitê Olímpico da Coreia do Norte, Chang Ung, considerou nesta terça-feira “possível” que as duas Coreias organizem de maneira conjunta os Jogos Asiáticos de Inverno de 2021, graças à atual aproximação entre os países.
“É suficientemente possível. Dado que um número muito menor de países participa dos Jogos da Ásia, seria mais fácil que os Jogos Olímpicos”, disse Chang sobre a possibilidade de as Coreias sediarem o evento em conjunto daqui a três anos, segundo as declarações recolhidas pela agência “Yonhap”.
As palavras de Chang no aeroporto de Pequim, onde estava hoje para pegar um avião de volta à Coreia do Norte após assistir aos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, chegam três dias depois de o governador da província sul-coreana de Gangwon, Choi Moon-soon, falar sobre a possibilidade de apresentar uma candidatura conjunta.
Gangwon, onde se encontra PyeongChang, é a única região da península coreana que ficou dividida pela metade após a separação do território em 1945.
Por sua vez, Chang também disse que a estação de esqui de Masikryong, na parte norte-coreana de Gangwon, poderia receber competições dos Jogos de Inverno de 2021, cuja sede será escolhida durante os Jogos Asiáticos deste ano, que serão realizados em agosto nas cidades indonésias de Jacarta e Palembang.
Os Jogos de PyeongChang, que vão até o próximo domingo, motivaram a maior aproximação em anos entre as duas Coreias, que tecnicamente continuam em guerra.
Perguntado sobre os atuais Jogos, Chang disse que PyeongChang alcançou “a pontuação perfeita” e que a aproximação demonstrou que pode haver harmonia entre os coreanos.
Ambos os países acordaram em janeiro que a Coreia do Norte enviaria atletas a PyeongChang, onde os dois países desfilaram juntos na cerimônia de aberturam e, além disso, apresentaram uma equipe unificada de hóquei no gelo feminino.
Esta ocasião especial também motivou a histórica viagem de uma delegação do regime norte-coreano liderada por Kim Yo-jong (irmã do líder Kim Jong-un), que terminou com um convite para que o presidente sul-coreano, Moon jae-in, viaje a Pyongyang para participar da primeira cúpula de líderes intercoreana em 11 anos.
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