Em crise, Ferrari anuncia reestruturação e apela para projetista da ‘era Schumacher’

Após duas etapas disputadas na Áustria e uma na Hungria, a escuderia italiana é apenas a quinta colocada do Mundial de Construtores da Fórmula 1

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2020 15h15 - Atualizado em 22/07/2020 15h38
EFE A Ferrari teve um péssimo início de temporada na Fórmula 1

A Ferrari anunciou nesta quarta-feira, 22, uma reestruturação no departamento técnico da equipe de Fórmula 1, depois de resultados ruins nas três primeiras provas do Campeonato Mundial da categoria. Após duas etapas disputadas na Áustria e uma na Hungria, a escuderia italiana é apenas a quinta colocada entre os construtores. A última vez que a Ferrari terminou a temporada nesta posição, por exemplo, foi em 1981, ano em que ainda chegou a vencer duas etapas com o canadense Gilles Villeneuve. A principal novidade nos anúncios feitos pela Ferrari é a criação do Departamento de Desenvolvimento de Performance, que terá a supervisão de Enrico Cardinale, que era chefe da aerodinâmica do time, depois de já ter sido gestor de projetos de carros da montadora.

Sob a liderança de Cardinale, estará o sul-africano Rory Byrne, que foi projetista da escuderia de 1997 até 2013, sendo o responsável pelos carros que deram ao alemão Michael Schumacher cinco títulos mundiais – antes, ainda trabalhou na Bennetton, desenvolvendo o monoposto de 1995, também guiado pelo heptacampeão. “A Scuderia Ferrari reestruturou o departamento técnico para torná-lo mais eficaz e garantir uma ênfase mais holística no desenvolvimento de desempenho. Isso foi alcançado instituindo uma cadeia de comando mais focada e simplificada, que fornece aos chefes de cada departamento os poderes necessários para alcançar seus objetivos”, explica a direção do time, em comunicado.

Outras áreas não sofreram mudanças, com Enrico Gualtieri seguindo responsável pela unidade de potência; Laurent Mekies permanecendo como diretor esportivo; e Simone Resta sendo mantido na direção do departamento de engenharia e chassis. Para o diretor da equipe, Mattia Binotto, os anúncios desta quarta-feira são o primeiro passo de um futuro com conquistas para a Ferrari, que não é campeã de pilotos desde 2007, com o finlandês Kimi Raikkonen, e desde o ano seguinte entre os construtores. “Já dissemos isso várias vezes, mas vale a pena repetir: começamos a lançar as bases de um processo que deve levar a um novo e duradouro ciclo de vitórias. Levará algum tempo e sofreremos reveses, como o que estamos enfrentando agora. No entanto, devemos reagir a essas deficiências com força e determinação”, disse.

A Ferrari marcou apenas 27 pontos na temporada 2020 da Fórmula 1, 94 a menos que a Mercedes, líder do campeonato. O monegasco Charles Leclerc, com 18, é o sétimo colocado entre os pilotos e o dono do melhor resultado do time até aqui, com o segundo lugar no Grande Prêmio da Áustria.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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