“Foi uma ótima competição em todos os sentidos”, festeja coordenador da CBDA

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/07/2017 20h56
Divulgação / CBDA Brasil teve sua segunda melhor participação na história do Mundial

O Mundial de Esportes Aquáticos foi encerrado neste domingo (30), em Budapeste, na Hungria, e teve um sabor de “redenção” para o Brasil. Com dois ouros, quatro pratas e dois bronzes, o time nacional comemorou a sua segunda melhor campanha em número de medalhas, com dois ouros, quatro pratas e dois bronzes, tendo subido ao pódio na natação e na maratona aquática.

Ao analisar o desempenho brasileiro, o medalhista olímpico do Brasil na natação dos Jogos de Los Angeles-1984, Ricardo Prado, hoje coordenador geral de esportes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), festejou os resultados obtidos e destacou que o Brasil conseguiu se redimir do fiasco na Olimpíada do Rio, no ano passado, quando não subiu ao pódio por nenhuma vez na natação e só ganhou uma medalha na maratona aquática, com Poliana Okimoto levando um bronze.

“Foi uma ótima competição em todos os sentidos. Espantou o ‘fantasma’ do ano passado. Os atletas voltaram a sentir como é bom estar no alto nível do esporte mundial. A Confederação tem proporcionado ao longo dos últimos anos uma boa estrutura e conseguimos mantê-la. Parabenizo os atletas e técnicos que são os grandes responsáveis por este resultado tão bom no início do ciclo (olímpico que visa os Jogos de Tóquio-2020)”, ressaltou o dirigente, em declarações reproduzidas pelo site oficial da CBDA.

Em número total de medalhas, o Brasil tem como a sua melhor campanha neste aspecto o Mundial de 2013, em Barcelona, com dez pódios, enquanto na edição de 2011 da competição, em Xangai, os brasileiros conquistaram o seu recorde de ouros, com quatro. Agora, além de subir oito vezes ao pódio, o País acumulou sete classificações para finais e outras sete para semifinais.

FEITOS INÉDITOS – Para completar, o Brasil também comemorou alguns feitos inéditos na Hungria, com Ana Marcela Cunha se tornando a primeira brasileira tricampeã mundial na maratona aquática, enquanto Etiene Medeiros, com o ouro nos 50 metros costas, se tornou a primeira nadadora do País a levar um ouro na natação em um Mundial realizado em piscina de 50 metros.

Como se não bastasse isso, Nicholas Santos ainda se tornou o atleta mais velho a subir ao pódio na principal competição da Federação Internacional de Natação (Fina) ao conquistar, com 37 anos, a medalha de prata nos 50 metros borboleta.

O Brasil ainda brilhou com mais três pratas. Uma veio com João Gomes Junior nos 50m peito, prova em que quebrou o recorde sul-americano e na qual o seu compatriota Felipe Lima terminou a final em quarto lugar. Outra também foi expressiva, com Bruno Fratus ficando em segundo lugar nos 50m livre, a disputa mais rápida da natação.

A outra prata, obtida logo no primeiro dia da natação no Mundial, foi conquistada no revezamento 4x100m livre, na qual Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Cesar Cielo e Bruno Fratus quebraram o recorde sul-americano e disputaram até o fim pelo ouro com o quarteto norte-americano, que foi o vencedor.

FIM DO JEJUM – A prata encerrou um jejum de pódios no Brasil no 4x100m livre masculino e em qualquer prova de revezamento do País em Mundiais que durava desde 1994, quando o time nacional também conquistou o segundo lugar com Gustavo Borges, Fernando Scherer, Teófilo Ferreira e André Teixeira.

Assim, o quinto lugar obtido pelo Brasil na final do revezamento 4x100m medley, neste domingo, foi bastante valorizado pela equipe nacional, que na decisão da medalha foi formada por Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Henrique Martins e Marcelo Chierighini.

“É obvio que a gente quer medalha, mas terminamos em sexto na Olimpíada, no ano passado, e ficamos em quinto agora. Precisamos manter a progressão, juntar os tempos individuais, com cada melhorando em sua prova, a gente vai chegar bem posicionado em Tóquio (em 2020). A competição foi boa. Estamos bem fortalecidos, de modo geral. Viemos com menos atletas, mas mesmo assim melhoramos no quadro de medalhas. Vimos uma evolução individual nas provas que compõem o revezamento 4x100m medley”, ressaltou Guilherme Guido.

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