Fórmula 1: Por causa do coronavírus, Ferrari pede garantias de que vai entrar na Austrália

A Ferrari teme que seus funcionários não possam entrar na Austrália, no primeiro GP da Fórmula 1, por causa do coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2020 18h37
PABLO GUILLEN/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO A Ferrari teme que seus funcionários não possam entrar na Austrália, no primeiro GP da Fórmula 1, por causa do coronavírus

O surto de coronavírus pode causar mudanças na temporada da Fórmula 1. Com o início do campeonato previsto para daqui duas semanas, na Austrália, Mattia Binotto, chefe da Ferrari, disse nesta sexta-feira (28), no último dia de testes de pré-temporada, no circuito de Montmeló, que a tradicional equipe italiana quer garantias de que sua escuderia não terá problemas para entrar nos países anfitriões das duas primeiras corridas (Austrália e Bahrein).

As equipes da Ferrari e da AlphaTauri, além da Pirelli, fornecedora de pneus da Fórmula 1, têm sede no norte da Itália, o epicentro do surto italiano. Haas e Sauber também têm alguns funcionários da Ferrari em suas equipes porque a montadora fornece motores para seus carros.

“A situação certamente nos preocupa, principalmente na Itália”, disse Binotto. “Estamos em contato com a FIA e a F-1 para sabermos de nossas garantias. Não podemos descobrir o que vai acontecer na chegada em Melbourne.”

A Itália foi o primeiro país europeu a sofrer um grande surto do vírus. Binotto disse que a Ferrari já havia impedido alguns de seus funcionários que trabalham com equipes da F-2 de viajar para testes no Bahrein em meio a relatos de que outros membros italianos terem sido proibidos de entrarem no país.

A Austrália proibiu a entrada de viajantes da China no país e emitiu avisos aos cidadãos sobre viagens à Itália, sem proibir a ida para o país europeu.

Vietnã

Chase Carey, chefe executivo da Fórmula 1, anunciou, nesta sexta-feira, em Barcelona, a realização das três primeiras etapas da temporada (Austrália, Bahrein e Vietnã), apesar do coronavírus.

A novidade é a garantia da corrida em Hanói, pois o GP da China, em 19 de abril, já foi adiado há duas semanas. “Estamos indo para Melbourne, para o Bahrein e para Hanói”, afirmou o dirigente, que não descarta a possibilidade de novos eventos serem adiados.

Lewis Hamilton, que vai tentar o sétimo título na categoria, disse que todos devem tomar precauções. “Venho acompanhando as notícias e, como todo mundo, estou preocupado com a forma como continua a se espalhar a doença”, disse o piloto da Mercedes. “Espero que todos levem isso a sério. Isso pode estar ao nosso redor. Até viajar é difícil.”

*Com Estadão Conteúdo

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