Ginasta campeã olímpica denuncia abusos sexuais de ex-médico da equipe
Aly Raisman, ginasta norte-americana com três medalhas de ouro em Olimpíadas, declarou, em entrevista ao programa 60 Minutes, que irá ao ar no próximo domingo pelo canal CBS, que foi abusada sexualmente pelo Dr. Larry Nassar, que trabalhava como médico da equipe de ginástica artística dos Estados Unidos.
Ao programa e em relatos em seu livro Fierce, Raisman, de 23 anos, contou que procurou o FBI após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, onde conquistou três medalhas, depois que o jornal Indianapolis Star denunciou que a USA Gymnastics tinha uma política de não reportar casos de abuso sexual.
“Estou com raiva. Eu só quero criar mudanças para que (outras ginastas) não tenham mais que passar por isso”, afirmou Raisman ao 60 Minutes.
Raisman é a segunda ginasta a denunciar Larry Nassar. Em outubro, McKayla Maroney, ouro em Londres 2012, revelou que o médico abusava sexualmente dela desde quando ela tinha apenas 13 anos. “Eu tinha um sonho para ir às Olimpíadas e as coisas que eu tinha que suportar para chegar lá eram desnecessárias e desagradáveis”, afirmou a ginasta.
Larry Nassar está preso e esperando por condenação ao se declarar culpado de acusações de pornografia infantil no estado de Michigan. Ele foi citado em mais de 100 acusações de abuso sexual entre ginastas da delegação norte-americana e da Universidade de Michigan, que contam que os abusos eram feitos sob o disfarce de atendimento médico.
Também ao programa da CBS, a USA Gymnastics garante que adotou novas políticas que exigem relatórios de qualquer tipo de abuso: “lamentamos muito que qualquer atleta tenha sofrido danos. Queremos trabalhar com Aly e com todas as interessadas em manter as atletas seguras”.
Aly Raisman conquistou duas medalhas de ouro e um bronze em Londres 2012. Já no Rio de Janeiro, ela foi campeã da prova por equipes e duas pratas individuais.
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