Ginasta Gabby Douglas diz ter sido abusada sexualmente por ex-médico dos EUA
A ginasta americana tricampeã olímpica, Gabby Douglas declarou na terça-feira (21) que sofreu “abusos” por um ex-médico da equipe de ginástica dos Estados Unidos.
Ela se transformou na terceira integrante da equipe feminina de ginástica “Fierce Five” em dizer que foi vítima de abuso.
A atleta realizou as acusações ontem enquanto se desculpava por um comentário que fez na semana passada sobre a postura da sua ex-companheira de equipe, Aly Raisman, sobre vítimas de agressão sexual.
Gabby Douglas disse que “não importa as roupas que você veste, que nunca dão direito a qualquer pessoa para persegui-lo ou abusar de você. Seria como dizer que devido aos nossos maiôs, foi a nossa culpa que Larry Nassar tenha abusado de nós”.
A ginasta gerou críticas nas redes sociais depois de dizer que as mulheres não devem se vestir “de maneira provocativa” em resposta às afirmações de Aly Raisman que Nassar abusou sexualmente dela.
Nas mesmas declarações publicadas em sua página no Instagram, Gabby Douglas afirmou que “não compartilhei publicamente minhas experiências, pois durante anos fomos condicionadas a permanecer em silêncio e, honestamente, algumas coisas foram extremamente dolorosas”.
Ela acrescentou que “apoio de todo coração as minhas companheiras de equipe para que revelem o que aconteceu com elas”.
Aly Raisman, capitã da equipe que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro), afirmou em entrevista no início deste mês que ela estava entre as jovens sexualmente agredidas por Nassar.
Ela revelou que “quando tinha 15 anos, Nassar abusou de mim pela primeira vez”.
Nassar passou mais de duas décadas trabalhando com atletas na seleção de ginástica dos EUA, antes de ser demitido em 2015.
Antes, McKayla Maroney, vencedora de duas medalhas em Londres, disse no mês passado que Nassar a molestou durante anos.
Larry Nassar, de 54 anos, se declarou culpado de múltiplas acusações de agressão sexual e pode pegar pelo menos 25 anos de prisão.
O médico é acusado de molestar sete meninas na equipe de ginástica.
Além disso, espera sentença pela acusação de pornografia infantil e está sendo processado por mais de 125 mulheres e meninas.
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