Hamilton e Ricciardo sinalizam que farão novo protesto contra o racismo

Pilotos ficaram de joelhos antes da corrida do último domingo, que abriu a temporada

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2020 18h01 - Atualizado em 09/07/2020 18h03
Reprodução Liderados por Hamilton, pilotos se ajoelham em protesto contra o racismo antes do GP da Áustria

Os pilotos Lewis Hamilton, da Merdeces, e Daniel Ricciardo, da Renault, indicaram que pretendem realizar um novo protesto contra o racismo antes do GP da Estíria, no próximo domingo. No fim de semana passado, antes do início do GP da Áustria, 14 dos 20 pilotos se ajoelharam antes da execução do Hino Nacional do país.

No ato, os corredores utilizaram camisetas pretas com uma mensagem pelo fim do preconceito. Mesmo que ainda não haja nenhum protocolo parecido para a próxima corrida, Hamilton não descartou uma nova manifestação.

“Eu não sou contra ajoelhar novamente, então se eu puder encontrar uma maneira de garantir que isso não atrapalhe o nosso trabalho, então eu farei”, disse Hamilton, nesta quinta-feira. “Realmente precisamos continuar falando, continuar utilizando o momento para espalhar a consciência e continuar pressionando por mudanças. Isso não vai mudar em algumas semanas, então farei o máximo possível.”

Uma das possibilidades é dos membros da Mercedes se ajoelharem coletivamente junto ao carro, como os mecânicos da Red Bull fizeram no domingo. “Talvez se tivermos tempo, isso seja algo que minha equipe e eu possamos fazer. Depende apenas do tempo, não há muito tempo antes da corrida”, disse Hamilton, que é o único piloto negro da Fórmula 1.

Ricciardo concorda que o protesto do fim de semana não pode ser um ato isolado. Eu não sei qual será o procedimento neste fim de semana, mas é claro, se houver uma oportunidade novamente, a resposta é sim. Não é algo que eu só quero fazer uma vez e esquecer, por isso, se tivermos a chance de fazê-lo novamente, então eu farei”, disse.

Porta-voz

Hamilton falou abertamente sobre racismo nas semanas após a morte de George Floyd, um segurança americano que foi asfixiado por um policial em Minneapolis, nos Estados Unidos. Algemado e desarmado, ele foi sufocado por cerca de oito minutos. O inglês participou de protestos em Londres, e montou uma comissão para aumentar a diversidade no automobilismo.

Os atos têm sido realizados em diferentes eventos. No último domingo, Kimi Raikkonen, Max Verstappen, Charles Leclerc, Daniil Kvyat, Antonio Giovinazzi e Carlos Sainz Jr. optaram por não participar.

“Nosso combinado no domingo antes da corrida era usar camisetas que estavam dizendo ‘acabem com o racismo’. Eu pensei que já era uma mensagem muito forte para o mundo todo. Eu diria que minha mentalidade e no meu país não me permitem ficar de joelhos”, disse Kvyat.

Para Sainz, apenas o uso da camiseta também seria o suficiente. “Mostramos no domingo quão fortes estamos contra o racismo. Eu senti que foi o suficiente”, afirmou.

* Com Estadão Conteúdo

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