McLaren confirma rompimento com a Honda e anuncia parceria com a Renault até 2020

  • Por Estadão Conteúdo
  • 15/09/2017 09h59
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Fernando Alonso não chegou ao fim de 12 provas pela McLaren/Honda

EFE Graças ao desempenho dos motores Honda, Alonso terminou apenas três corridas nesta temporada

Após três anos de resultados decepcionantes, a McLaren encerrará a sua parceria com a fornecedora de motores Honda ao término da temporada 2017 da Fórmula 1 e passará a trabalhar com a Renault. O anúncio da mudança foi realizado nesta sexta-feira (15), no dia em que se iniciaram as atividades do GP de Cingapura e provocou outras trocas. Em uma delas, o mexicano Carlos Sainz Jr vai deixar a Toro Rosso e se transferir para a Renault no próximo campeonato.

A Honda vem fornecendo motores a McLaren desde 2015, em uma tentativa de repetir o que já foi uma parceria extremamente bem-sucedida na sua era gloriosa, com Alain Prost e Ayrton Senna. Porém, os resultados foram péssimos e a falta de competitividade irritou o astro Fernando Alonso, piloto da equipe inglesa.

Duas vezes campeão da Fórmula 1 e com 32 vitórias na carreira, Alonso terminou apenas três corridas nesta temporada, com o melhor resultado sendo um sexto lugar. “É pelo melhor interesse de ambas as empresas que seguiremos com nossas ambições no automobilismo separadamente”, disse o presidente executivo da McLaren, Shaikh Mohammed bin Essa Al Khalifa, em um comunicado divulgado nesta sexta-feira. O diretor executivo da McLaren, Zak Brown, acrescentou que “por uma combinação de razões nossa parceria não floresceu como qualquer um de nós teria desejado”.

A Renault fornecerá motores a McLaren pelos próximos três anos, até 2020, um movimento que deverá assegurar a permanência de Alonso na equipe. “É a primeira vez que a Renault vai trabalhar com a McLaren e estamos orgulhosos de chegarmos a um acordo com uma organização que possui uma história tão rica na Fórmula 1”, disse Jerome Stoll, presidente da Renault. “Nós sabemos que a McLaren vai nos levar para o rumo certo”.

A Renault tem um motor muito mais confiável do que a Honda, com Nico Hulkenberg consistentemente ficando na zona de pontuação pela Renault e tendo completado dez das 13 corridas desta temporada. Com Alonso atrás do volante e usando um motor Renault, a McLaren espera aumento de desempenho significativo no próximo ano, considerando que ela tem um dos melhores chassis da Fórmula 1. Apesar de ser um dos mais veteranos do grid, Alonso, de 36 anos, ainda é considerado um dos melhores pilotos.

A Honda, no entanto, vai ficar na Fórmula 1. Em uma série de mudanças reveladas nesta sexta-feira, a Honda anunciou um acordo por “vários anos” com a Toro Rosso, equipe de suporte da Red Bull, a partir da próxima temporada.

A Honda assumirá o controle da Renault como fornecedor de motores da Toro Rosso, com Sainz Jr. deixando Toro Rosso para se juntar à Renault em um acordo de um ano. Ele será o parceiro de Hulkenberg e substituirá o britânico Jolyon Palmer, que não marcou um ponto nesta temporada.

Embora ainda não confirmado, a Red Bull também pode romper com a Renault e também passará a usar os motores Honda, mas, apenas a partir de 2019. Isso daria a Toro Rosso a chance de testar os motores durante uma temporada inteira antes que as duas equipes os usassem. Christian Horner, chefe da equipe da Red Bull, tem sido crítico ao desempenho da Renault desde a mudança para os motores híbridos turbo em 2014.

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