Liderados por Hamilton, pilotos se ajoelham em protesto contra o racismo antes do GP da Áustria
Multicampeão Lewis Hamilton é o único negro da categoria
No momento da execução do hino antes do início do GP da Áustria de Fórmula 1, neste domingo (5), os pilotos se ajoelharam, liderados por Lewis Hamilton, em um protesto contra o racismo e a violência policial. O gesto tem sido repetido em diferentes competições esportivas desde o assassinato de George Floyd, homem negro sufocado por um policial branco nos Estados Unidos.
Todos os pilotos vestiram camisas com a frase “Fim ao racismo”. Único negro da categoria, Hamilton usou uma com a frase “Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”), símbolo do movimento. O momento foi compartilhado nas redes sociais da F1.
End Racism.
One cause. One commitment.
As individuals, we choose our own way to support the cause. As a group of drivers and a wider F1 family, we are united in its goal.#WeRaceAsOne pic.twitter.com/qjxYi1zWcJ
— Formula 1 (@F1) July 5, 2020
Conhecido militante contra o racismo, Hamilton participou, no último mês, de uma manifestação em Londres que reuniu milhares de pessoas. O piloto da Mercedes usou óculos, gorro e máscara para se juntar aos demais e revelou a presença na passeata em uma postagem no Twitter. O ato ocorreu nos arredores do Hyde Park, um dos principais pontos turísticos de Londres, e, segundo o multicampeão da Fórmula 1, foi um evento pacífico e marcado pela presença de pessoas de variadas origens.
Seis pilotos permaneceram em pé
Neste domingo, apenas 6 dos 20 pilotos não se ajoelharam e permaneceram em pé durante o hino: Max Verstappen, Antonio Giovinazzi, Carlos Sainz, Charles Leclerc, Kimi Raikkonen e Daniil Kvyat. Antes da corrida, afirmaram que “estão comprometidos com a causa”, mas “cada um se expressa de uma maneira”.
“Estou muito comprometido com a igualdade e a luta contra o racismo, mas acredito que todos têm o direito de se expressar de cada vez e da maneira que lhes convém”, disse Verstappen. “Acredito que o que importa são comportamentos em nossa vida cotidiana, em vez de gestos formais que poderiam ser vistos como controversos em alguns países”, afirmou Leclerc.
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