Presidente do COI faz apelo a dirigentes por informações no “caso Nuzman”

  • Por EFE
  • 19/10/2017 14h33
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Reprodução/Twitter Reprodução/Twitter Thomas Bach pediu que informações sobre compra de votos para o Rio 2016 possam ser dadas até diretamente a ele

O alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), pediu, em carta divulgada nesta quinta-feira (19), que os integrantes da entidade forneçam informações para que a Comissão de Ética determine o alcance do escândalo de compra de votos na escolha da sede dos Jogos de 2016.

O escândalo envolvendo a candidatura do Rio de Janeiro levou Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), à prisão, por corrupção. O Ministério Público Federal (MPF) ainda denunciou o dirigente esportivo pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

“A Comissão de Ética se mostrou ativa desde o começo neste caso e tem se colocado em contato com qualquer um que possa ceder informações. Agradecemos toda a ajuda que quiserem dar”, afirmou Bach, no texto dirigido aos membros do COI e também a outros líderes esportivos.

De acordo com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, “em benefício de todos”, a informação pode chegar “diretamente” a Comissão de Ética ou até mesmo a ele, pessoalmente.

Bach até sugeriu no texto que as reuniões das comissões de trabalho do COI, que acontecerão em novembro deste ano, seriam uma boa oportunidade para que os relatos fossem compartilhados.

“Como sempre, suas ideias, comentários e propostas são muito bem-vindas”, garantiu o alemão.

Na quarta-feira, MPF denunciou seis pessoas: Nuzman, o senegalês Lamine Diack, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), e o filho Papa Massata Diack, ex-dirigente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o então governador do Rio, Sergio Cabral, o ex-diretor de operações do COB Leonardo Gryner e o empresário Arthur Soares.

Segundo a denúncia, os seis acusados participaram de uma operação através do qual foi paga propina de US$ 2 milhões para garantir pelo menos um dos votos que permitiu ao Rio ser eleito em 2009 para receber o evento esportivo no ano passado.

De acordo com a denúncia, Cabral, Nuzman e Gryner solicitaram diretamente a Soares que fornecesse os US$ 2 milhões necessários para comprar o voto de um dos membros do COI para beneficiar a capital fluminense.

Os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack, que foi o presidente da IAAF de 1999 a 2015, prometeram beneficiar o Rio na eleição a troco de propina e ainda interceder para obter outros votos.

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