Paes aceita desculpas, mas diz sentir desprezo por nadadores dos EUA

  • Por Agência Brasil
  • 19/08/2016 14h38
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RJ - OLIMPÍADA/COLETIVA/ EDUARDO PAES/YORIKO KOIKE - ESPORTES - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Yuriko Koike, governadora da cidade de Tóquio, participam de coletiva de imprensa no Rio Media Center, no centro da cidade, para falar sobre o flag handover, a passagem da bandeira olímpica. A bandeira será entregue para Tóquio, cidade que receberá os Jogos Olímpicos em 2020, pelo prefeito do Rio durante a cerimônia de encerramento dos Jogos, que acontecerá no próximo domingo, 21. 19/08/2016 - Foto: MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO Durante cerimônia de passagem da bandeira olímpica

Depois de a Polícia Civil do Rio de Janeiro revelar a farsa dos nadadores norte-americanos, que forjaram um assalto no sábado, o prefeito Eduardo Paes disse nesta sexta-feira ter pena dos atletas e aceitou o pedido de desculpas do Comitê Olímpico dos Estados Unidos. Conforme a polícia, os atletas não foram assaltados, mas se envolveram em uma confusão em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.

Mais cedo, nas redes sociais, o nadador Ryan Lotche, pivô do caso, pediu desculpas aos colegas de equipe. Dois atletas que estavam com o grupo na noite da confusão, chegaram a ser retirados de um avião para prestar depoimento.

“As desculpas do comitê norte-americano estão mais que aceitas”, afirmou o prefeito, durante evento no Rio com representantes do governo de Tóquio. “Confesso que, em relação a eles nadadores, meu sentimento é de desprezo, por falhas de caráter, o que é um problema deles, não do comitê”. O prefeito descartou medida judicial contra os atletas, por terem prejudicado a imagem do Rio.

Apesar do ocorrido, ele agradeceu e elogiou a participação dos atletas norte-americanos que deram “um show” na Rio 2016 e conquistaram o topo do ranking de medalhas. Em especial, citou o nadador Michael Phelps, que se tornou “um ídolo brasileiro”, brincou. “Não é um caso ruim desses que vai manchar a imagem dos norte-americanos aqui no Brasil”, acrescentou.

Ao fazer um balanço das relações institucionais, o prefeito também enalteceu o Comitê Olímpico Internacional e alfinetou a Federação Internacional de Futebol, a FIFA, que organizou a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

“A gente teve uma experiência muito ruim com a Fifa no Brasil. Arrogante, ela diminuía muito o Brasil. O COI sempre esteve preocupado com legado para a cidade. A FIFA nunca me perguntou sobre nada”, criticou.

O prefeito deu entrevistas durante encontro com a governadora de Tóquio, Yuriko Hoike, sobre a passagem da bandeira olímpica. O Japão será a sede da próxima edição dos Jogos, em 2020.

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