Pai de Bianchi diz que filho luta para superar lesões causadas por acidente

  • Por Agencia EFE
  • 10/10/2014 11h56

Piloto está em estado grave

EFE Marussia divulga comunicado e pede paciência sobre estado de Bianchi

O pai do piloto francês Jules Bianchi disse nesta sexta-feira que seu filho está lutando para superar as graves lesões causadas pelo acidente sofrido durante o Grande Prêmio do Japão no último domingo.

“Jules luta como sempre fez, como em um circuito. É forte, tem apenas 25 anos. É um atleta”, disse Philippe Bianchi em entrevista publicada hoje no diário francês “Nice Matin”.

O piloto está internado no Hospital Geral de Mie, em Yokkaichi, onde se recupera de uma lesão axonal difusa, um dos problemas cerebrais mais graves, provocada pelo acidente. Bianchi se chocou violentamente contra um guindaste que retirava o carro do alemão Adrian Sutil, que perdeu o controle de seu veículo no mesmo trecho que o piloto francês.

O pai de Bianchi revelou que, por enquanto, não há mudanças no estado de saúde de seu filho, que se encontra “em uma fase crítica”.

“Para esse tipo de traumatismo os dez primeiros dias são frequentemente difíceis, cruciais”, disse.

Jules está sendo tratado com a assessoria do médico francês Gérard Saillant e do neurocirurgião italiano Alessandro Frati, enviado a pedido da escuderia Ferrari.

“Não poderia estar melhor atendido”, disse o pai do piloto, que destacou a “perfeita colaboração” entre os dois especialistas e os médicos japoneses.

Philippe afirmou que lhe surpreendeu a solidariedade do mundo da Fórmula 1 com seu filho, o que mostra que ele é “um grande rapaz”.

Em particular, destacou a iniciativa de seu compatriota Jean Éric Vergne, que criou um adesivo com mensagem de apoio a Bianchi para ser fixado em todos os carros durante o Grande Prêmio da Rússia no domingo.

O pai de Bianchi disse que não quis ver o vídeo do acidente do filho e criticou que as imagens estejam circulando pelas redes sociais.

“É difícil falar de um fato da corrida. Para mim, parece mais um acidente de circulação. Em função do que se passou, direi o que penso mais tarde”, indicou.

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