Pai de preparador físico da Chapecoense lamenta tragédia: “ficha não caiu”
Pai do preparador físico Anderson Paixão, um dos membros da delegação da Chapecoense presente no acidente de avião na madrugada desta terça-feira (29) na Colômbia, Paulo Paixão concedeu entrevista ao Jornal da Manhã.
“A gente individualiza porque é um filho. É o segundo filho”, disse chorando à Jovem Pan. “Anderson estava há cinco anos na Chapecoense. Era um momento mágico do clube, especificamente dele. A gente fica sem palavras, a ficha não caiu”, completou.
Ainda com informações desencontradas, Paulo Paixão lamentou o acidente: “quis o destino que eles não fossem em um voo fretado e acontecesse isso”.
Paulo Paixão falou pela última vez com seu filho enquanto a delegação ainda estava em São Paulo.
Abalado com a notícias, o pai do preparador físico pediu que as pessoas valorizem a vida todos os dias. “Não deixe para lembrar só quando isso acontece. O que a gente leva da vida é isso. Vida é vida, se você não tem vida, não tem nada”, disse.
Paulo Paixão, ao dizer que era um “segundo filho”, relembrou a morte de seu filho, Alessandro Paixão, aos 25 anos, ex-preparador físico do Grêmio e da Seleção Brasileira, por ataque cardíaco, em 2002.
O acidente
O avião que transformava a equipe da Chapecoense, jornalistas e convidados sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (28), por volta da 01h15, quando se aproximava de Medellín, na Colômbia.
Segundo autoridades colombianas, ao menos 76 pessoas morreram no acidente. A confirmação oficial é de que apenas cinco pessoas foram resgatadas com vida, entre elas, três jogadores da equipe de Chapecó: Alan Ruschel, Jackson e o goleiro Danilo. A informação foi divulgada pelo comandante da Polícia Metropolitana de Medellín, general José Acevedo, e confirmada pela Aeronáutica da Colômbia.
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