Pai de Thiago e Rafinha, Mazinho é grato a Guardiola e gosta da influência de Neymar

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2016 18h46

Campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994 Divulgação Mazinhampeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994

Tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira e ídolo de Palmeiras e Vasco na década de 1990, Mazinho pendurou as chuteiras há 15 anos. Desde então, não trabalhou mais com campo e bola – exceto durante uma rápida experiência como técnico, em 2009, na Grécia. Mas não tem problema: Mazinho deixou um legado para lá de invejável no futebol mundial. Pai de Thiago e Rafinha Alcântara, o ex-jogador, que tanto se divertiu com a bola nos pés durante quase duas décadas de carreira, hoje se delicia testemunhando o sucesso de seus dois filhos.

Um joga por Bayern de Munique e seleção espanhola. O outro, por Barcelona e Seleção Brasileira. Definitivamente, Mazinho não tem do que reclamar. Empresário de duas das maiores promessas do futebol mundial, o ex-volante se aposentou dos gramados, é verdade, mas não deixou o futebol órfão.

Por isso, é grato.

Em entrevista exclusiva a Fredy Junior para o Plantão de Domingo, da Rádio Jovem Pan, o ex-jogador celebrou as excepcionais trajetórias de Thiago e Rafinha. Além disto, fez questão de destacar a importância de dois astros para o sucesso de seus filhos. Um é considerado o melhor técnico do mundo. O outro, o jogador mais talentoso do futebol brasileiro.

Pep Guardiola e Neymar têm espaço garantido no coração de Mazinho.

O primeiro atuou como uma espécie de mentor de Thiago – que, do Barcelona B ao Bayern de Munique, praticamente só foi comandado pelo treinador catalão. O segundo, por sua vez, é dos melhores amigos de Rafinha – que, aos poucos, tem ganhado chances de jogar ao lado dos lendários Iniesta e Busquets no meio-campo azul-grená.

“O trabalho do Guardiola foi muito importante para o Thiago, desde a época que era juvenil e jogava no segundo time do BarcelonaO Thiago é um jogador que, por suas características, beira a perfeição no esquema do Guardiola. Por isso que foi para o Bayern. Agradeço muito a ele pela confiança que sempre teve no meu filho”, disse Mazinho, que, pela primeira vez desde 2012, muito provavelmente terá de ver o herdeiro mais velho jogando sem o ex-camisa 4 do Barcelona por perto. 

Pep Guardiola, afinal, começou a trabalhar no Manchester City. Até se especulou uma possível transferência de Thiago para o clube inglês – mais ou menos como aconteceu em 2013, quando ele deixou o Barcelona para ser comandado pelo treinador no Bayern –, mas, hoje, parece ser mais provável que Toni Kroos desembarque no Etihad Stadium para iniciar as jogadas do City.  

Os ensinamentos de Pep, porém, ainda estão lá, vivos na mente de Thiago. Dono de passe refinado, técnica apuradíssima e invejável capacidade de exercer o tão aclamado jogo de posição de Guardiola, o brasileiro naturalizado espanhol talvez seja, hoje, o jogador que mais reúna requisitos admirados pelo técnico mais badalado do planeta.

Pela evolução de Thiago, Mazinho é grato a Guardiola. Mas o tetracampeão mundial também reconhece a importância de Neymar para o seu filho mais novo. Desde que se transferiu ao Barcelona, em 2013, o atacante se tornou um dos melhores amigos de RafinhaO meia-atacante de 23 anos começou a jogar com o astro em 2014, depois de uma temporada emprestado ao Celta de Vigo. Desde então, sempre é visto ao lado dele por todo o canto. 

Mazinho gosta da amizade de Rafinha com Neymar – mesmo que o craque seja o “campeão” de críticas pelo comportamento fora de campo. “O Neymar é um ídolo para o Rafinha“, revelou o ex-jogador da Seleção Brasileira. “Para mim, a confraternização que existe entre eles é maravilhosa, porque o Rafinha segue aprendendo e crescendo cada vez mais ao lado dNeymar“, acrescentou. 

Fora de campo, cada jogador tem as suas individualidades, suas necessidades... Fazem críticas ao Neymar por essa forma dele de se comportar, mas os jogadores são humanos, também. Eles necessitam dessas saídas, desse desafogo, porque ficam concentrados a todo momento, são muito pressionados. Quando existe a oportunidade de colocar a cabeça para fora do futebol, é válido“, finalizou Mazinho, com a tranquilidade de quem, hoje, se dá ao luxo de ter dois filhos jogando por duas das maiores instituições do futebol mundial.

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