Palmeiras apenas empata, mas Santos garante rival na Série A em 2015
Henrique marcou o gol de empate no Allianz Parque
Confira imagens do duelo entre Palmeiras e Atlético-PRNão poderia ser diferente. O Palmeiras trabalhou os batimentos cardíacos de seus torcedores, que lotaram o Allianz Parque na tarde deste domingo (07). Mesmo contra uma equipe praticamente toda reserva do Atlético-PR, o Verdão saiu atrás e correu atrás para empatar ainda no primeiro tempo. Com muito mais volume de jogo na etapa final, a equipe comandada por Dorival Junior foi para cima e parou nas defesas de Weverton ou na má pontaria. O empate fazia com que a permanência do time centenário recaísse nos ombros do rival Santos, que enfrentava o Vitória, em Salvador.
O Peixe marcou com Thiago Ribeiro no Barradão e a torcida alviverde pôde comemorar como se o próprio Verdão tivesse marcado no Allianz Parque. O Palmeiras continua na primeira divisão em 2015.
Prass garante empate
O Palmeiras começou a partida buscando pressionar os paranaenses no ataque. Apesar de muito jovens, os garotos do Furacão não se intimidaram e permaneceram tranquilos. A primeira chance de perigo surgiu quando Valdivia apareceu.
Aos 3, o camisa 10 corou falta na área e Lúcio pegou mal a na bola, desperdiçando a boa chance. Três minutos mais tarde, o Mago deu lindo passe de calcanhar para João Pedro, que foi travado por Weverton.
A primeira saída dos rubro-negros para o ataque fez a torcida palmeirense suar frio. Douglas Coutinho foi lançado, cortou bem o lateral João Pedro e mandou uma bomba para defesa de Prass. No rebote, Nathan mandou no gol e o volante Gabriel Silva salvou em cima da linha.
O alívio durou pouco. Logo na cobrança de escanteio, aos 10, o zagueiro Ricardo Silva subiu sozinho e cabeceou forte no canto esquerdo de Fernando Prass, abrindo o placar no Allianz Parque.
Preocupado, Dorival pediu para seus atletas manterem a calma. O gol do Bahia contra o Coritiba deixava a torcida ainda mais tensa, placar que colocava o time alviverde na zona de rebaixamento. Mesmo desorganizado em boa parte dos lances, a equipe conseguia alguns bons avanços, principalmente pela direita do ataque.
Numa delas, Renato fora lançado e mandou uma bomba para o gol. A bola explodiu no braço de Drausio e o árbitro Leandro Vuaden apontou a marca da cal. Na cobrança, Henrique bateu com categoria e empatou o marcador.
O tricolor baiano ampliou contra o Coxa, em Curitiba e os paulistas, sem saber do resultado, tentavam buscar a virada. Mas ao deixar muito espaço nas laterais, principalmente nas costas de Victor Luis, o Atlético-PR era mais perigoso.
Aos 23, Nathan arrancou em velocidade, cortou João Pedro e bateu colocado para linda defesa do arqueiro palestrino. A resposta veio dois minutos depois, quando Wesley saiu na cara do gol, mas foi travado no momento da finalização pelo jovem autor do gol paranaense.
O ritmo caiu um pouco a partir dos 30. Com mais posse de bola, o Palmeiras tentava dominar as ações. No contra-ataque, o Furacão se mostrava perigoso. Renato assustou em chute de longa distância. A melhor oportunidade, porém, veio do lado dos visitantes. Em nova cobrança de falta, Douglas Coutinho apareceu livre e mandou um a cabeçada forte. Prass, atento, salvou novamente.
Valdivia estava visivelmente com dificuldade em puxar o contra-ataque alviverde, mas era a pessoa mais lúcida no meio de campo. Aos 44, o camisa 10 deu ótimo passe para Wesley. O volante puxou para a canhota e mandou finalização sem muita força para defesa do camisa 1 rubro-negro.
Pressão palmeirense e torcida para o Santos
A torcida ficou angustiada quando viu todos os jogadores palmeirenses voltarem do vestiário, menos Valdivia. O chileno esteve cuidando de sua lesão e retornou com um pouco de atraso para o início da etapa final. O Verdão buscou pressionar o Furacão já no início e quase marcou om Mazinho. Aos 3, o atacante pegou rebote na entrada da área e bateu com direção ao gol, mas a bola explodiu em Drausio e foi por cima do gol.
Os torcedores pediam que Dorival tirasse Wesley de campo. Provavelmente fazendo sua última partida com a camisa do Palmeiras, o número 11 foi sacado aos 7 e foi muito vaiado por quem estava nas arquibancadas. O argentino Cristaldo entrou para dar mais velocidade na frente e encostar mais no artilheiro Henrique.
Na sua, os meninos do time rubro-negro tocavam a bola no meio de campo. O lateral Mario Sérgio fez grande jogada quando o placar marcava 10 minutos. Depois de driblar três adversários, ele não quis rolar para Douglas Coutinho e finalizou mal para fora, para protestos de seu companheiro.
Com a lesão do zagueiro Nathan, Dorival mandou Victorino para campo. Com mais força atrás, Victor Luis deu a sua primeira arrancada na partida e levou muito perigo. A jovem revelação avançou sozinho e cruzou na cabeça de Henrique, que só não marcou por conta do desvio salvador de Ricardo Silva.
O Palmeiras dominava e crescia muito no jogo. Os atleticanos pareciam ter cansado e não se apresentavam com tanta disposição para marcar. Valdivia apareceu e deixou Cristaldo e João Pedro na cara do gol, mas nenhum deles aproveitou.
Mouche entrou no lugar de Mazinho para acelerar ainda mais a transição e explorar o cansaço dos rivais.
O argentino quase conseguiu o gol da virada aos 33, quando Henrique chutou mal e ele desviou para o gol. Weverton apenas observou a bola passara rente à sua trave direita. O mesmo teve nova chance aos 40, mas mandou uma bomba em cima do defensor adversário.
A tensão cresceu e o Palmeiras ficou na dependência do placar de Vitória e Santos, que empatavam sem gols no Barradão. Com os cinco minutos de acréscimo no estádio baiano, a angústia ficou maior. O gol de Thiago Ribeiro foi como se o Verdão tivesse marcado em seu estádio, o tento do alívio, a bola que garantiu o gigante paulista na Série A de 2015.
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