Palmeiras foi último a vencer Santos na Vila pelo Paulista. Como era o mundo?

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2016 12h50
Santos F.C./Divulgação Neymar brilhando com a camisa do Santos Neymar brilhando com a camisa do Santos

Adversários históricos, Santos e Palmeiras tiveram a rivalidade aflorada no ano passado. Eles, afinal, fizeram a final do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil e encheram os noticiários com provocações e declarações polêmicas de seus principais jogadores. Teve careta, funk, máscara, tuitadas… Neste fim de semana, as duas equipes voltarão a se enfrentar por um mata-mata – já duelaram na primeira fase do Paulista, no Allianz Parque, em jogo que se encerrou com o placar de 0 a 0. Agora, o confronto será pela semifinal do Estadual, na Vila Belmiro. 

E, acredite, o lendário estádio santista, como sempre, não será mero cenário da partida. Já está mais do que certo que o Urbano Caldeira vai funcionar, na verdade, como a principal arma da equipe alvinegra para vencer o seu rivalSe o Santos já soma 25 partidas de invencibilidade em sua casa (a última derrota foi em julho do ano passado, para o Grêmio), a conta fica ainda mais impressionante quando se restringe apenas à série do time em Estaduais: são mais de cinco anos sem derrotas. 

A última vez que o Santos deixou a Vila Belmiro derrotado em uma partida do Campeonato Paulista foi em 3 de abril de 2011. Advinha para quem? Para o Palmeiras, rival deste domingo. Naquela oportunidade, o time de Deola, Cicinho, Rivaldo, Marcos Assunção, Márcio Araújo, Adriano Michael Jackson, Kléber e Felipão venceu a equipe de Rafael, Durval, Elano, Ganso, NeymarZé Love e Marcelo Martelotte por 1 a 0, com gol do Gladiador aos 34 minutos do segundo tempo.

Desde então, o Santos perdeu mais duas partidas como mandante no Paulista, mas nenhuma em seu estádio: a equipe alvinegra foi derrotada pelo Palmeiras, em Presidente Prudente, e pelo Paulista de Jundiaí, no Pacaembu. Na Vila, desde aquele 3 de abril de 2011, foram 42 partidas pelo Estadual, com 35 vitórias e sete empates. Nestes jogos, o Santos anotou 98 gols e sofreu somente 25. Um absurdo. Que nos faz ter a vontade de voltar no tempo e relembrar como era o mundo na última vez em que o Peixe deixou um jogo do Paulista disputado na Vila Belmiro com uma derrota na bagagem. Veja abaixo. 

Quando o Santos perdeu uma partida de Campeonato Paulista pela última vez na Vila… 

… Dilma Rousseff começava a presidir o Brasil 

A petista havia acabado de superar o tucano José Serra com 56% dos votos nas eleições presidenciais de 2010 e iniciava o primeiro mandato de uma mulher no comando do País. Em 2011, a economia do Brasil ainda crescia, e Dilma sequer poderia imaginar que, cinco anos depois, teria de enfrentar um processo de Impeachment no Senado Federal.

… o Corinthians ainda não tinha Libertadores e passava pelo “pesadelo” Tolima 

O principal sonho alvinegro ainda não havia sido conquistado em 2011, ano no qual o time fora eliminado ainda na pré-Libertadores pelo fraco Deportes Tolima, da Colômbia. Ronaldo tinha acabado de se aposentar, e Tite, técnico corintiano também naquela ocasião, mal supunha que, um ano depois, faturaria não só o torneio continental, como também o Mundial de Clubes, no Japão.

… Osama Bin Laden estava vivo 

O terrorista mais temido do planeta, que assumiu a autoria dos ataques de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, ainda era o ser-humano mais procurado do planeta há cinco anos. Ele só seria morto em 1º de maio de 2011, durante a Operação Lança de Netuno, no Paquistão.

… Messi era o melhor jogador do mundo 

Isso não mudou. No início de 2011, o argentino, então com 23 anos, superava seus então companheiros de equipe Xavi Hernadéz e Andrés Iniesta para faturar pela segunda vez a Bola de Ouro da Fifa – por causa do desempenho do ano anterior. Em 2016, ele ainda é o jogador mais valioso do planeta. Nas últimas cinco temporadas, porém, já recebeu esta honraria mais duas vezes.

… Mano Menezes era o técnico Seleção Brasileira 

Hoje na China, o comandante tentava reformular o time verde-amarelo após a eliminação da equipe comandada por Dunga nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Nomes como NeymarJadson, Paulo Henrique Ganso e Jucilei ganhavam as primeiras chances na Seleção, que cairia na Copa América daquele ano para o Paraguai, nos pênaltis (alguma coincidência?), e encerraria o ano em crise com a torcida.

… Jamie Vardy era operário e jogava na oitava divisão inglesa 

Artilheiro e principal jogador do Leicester, líder e provável campeão da Premier League de 2016, o atacante inglês, que hoje até defende a seleção nacional de seu país, atuava pela oitava divisão da Inglaterra em 2011. Vardy jogava pelo modesto e amador FC Halifax Town e, além disto, também trabalhava como operário de uma indústria em Sheffield. Hoje, ele está prestes a se consagrar como pilar da maior zebra do futebol europeu.

… Stephen Curry era desconhecido no Brasil, e LeBron James não tinha títulos da NBA 

Um dos jogadores de basquete mais admirados e conhecidos pelo público brasileiro na atualidade, o armador Stephen Curry era “anônimo” para a maior parte dos brasileiros há cinco anos. Então com 23 anos, ele já jogava no Golden State Warriors, mas não com o destaque que lhe confere fama no País do futebol em 2016. Além disto, o hoje bicampeão da NBA LeBron James não havia conquistado nenhum título do melhor basquete do mundo até 2011. Com fama de “amarelão”, ele só chegaria ao topo em 2012 e 2013.

… a Chapecoense estava na terceira divisão do futebol brasileiro 

Na elite do futebol brasileiro há dois anos, a Chapecoense não estava nem perto da Série A em 2011. A divisão ocupada pela equipe catarinense há cinco temporadas era a terceira. Desde então, o time de Chapecó subiu duas vezes e se estabeleceu como um dos 20 da Série A do Brasileirão. Curiosamente, a Chapecoense nunca sofreu um descenso à Série B.

… a Alemanha vivia jejum e sequer sonhava com 7 a 1 

Em 2011, a atual seleção campeã mundial de futebol não viva um momento complicado, mas também nem um pouco glorioso. Há cinco temporadas, a Alemanha vinha de uma honrosa terceira colocação na Copa do Mundo da África do Sul e chegava aos 21 anos sem títulos mundiais. Uma goleada por 7 a 1 sobre a Seleção Brasileira na Copa de 2014, no Brasil, sequer habitava o imaginário popular.

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