Palmeiras perde para o Internacional, mas fica com a vaga na Copa do Brasil
O Palmeiras chegou a sua terceira derrota consecutiva na temporada e o alerta foi ligado. Nesta quarta-feira (31), o resultado negativo quase custou a classificação as quartas de final da Copa do Brasil. O time perdeu por 2 a 1 para o Internacional, no Beira-Rio, e só avançou graças ao gol marcado por Thiago Santos. E ele veio no estilo “Cucabol”, com bola levantada na área e desvio de cabeça.
A equipe teve em Porto Alegre um meio-campo sem armadores, um zagueiro improvisado no ataque, volantes na defesa e uma noite de futebol desastroso. Já o Inter jogou melhor, mesmo com treinador interino e sob ameaça de exclusão do Brasileiro da Série B como punição por uma suposta falsificação de e-mail.
A vantagem alviverde de 1 a 0 construída no Allianz Parque era magra, é verdade, e faltou uma grande dose de organização para fazê-la durar mais do que só oito minutos. Antes de D’Alessandro aparecer livre na frente de Fernando Prass e abrir o placar, o Inter já havia descoberto o caminho pelo lado direito do ataque. Uma série de sustos pelo setor antecederam o gol e continuaram a se repetir enquanto o time cambaleava em campo.
O Palmeiras conseguiu acordar na bola, mas não no placar. As duas primeiras investidas do time esbarraram em lances polêmicos da arbitragem, com um gol anulado de Róger Guedes e a uma bola na mão de Léo Ortiz após chute de Willian.
A equipe alviverde havia superado o susto inicial e começado a avançar ao ataque quando perdeu Dudu. O atacante sentiu uma lesão e deixou o campo ainda no primeiro tempo, para a entrada de Keno.
A alteração forçada testou ainda mais um Palmeiras já bem modificado. O técnico Cuca escalou o time no 4-3-3, sem armadores de origem, somente com volantes no setor de meio-campo. Porém, diante de uma vantagem aniquilada aos oito minutos e com o primeiro tempo concluído com a derrota em 1 a 0, o segundo tempo trazia como dúvida qual seria a estratégia em campo para evitar a decisão nos pênaltis.
A equipe mudou ao recuar Felipe Melo para defesa e a situação do jogo piorou. O atalho pela direita novamente foi o caminho para o gol do Inter, com Nico López, aos dez minutos do segundo tempo O resultado passava a eliminar o Palmeiras.
Cuca resolveu logo depois acionar Borja, na última substituição possível. A criação parou de ser um grande problema porque o Inter recuou cedo para garantir o resultado e permitiu o Palmeiras avançar. Uma finalização de Willian acertou a trave e deu a senha para o treinador voltar a apostar em Mina como atacante.
Por sorte do Palmeiras, a improvisação durou pouco. Quase como um presente, uma bola parada, ou seja, um “Cucabol” rendeu o gol de Thiago Santos, aos 34 minutos do segundo tempo. Depois, foi apenas se segurar na defesa. Era a derrota indolor tão sonhada pelo time.
Opinião JP
Para o comentarista da Jovem Pan, Flávio Prado, a classificação alviverde foi mais na raça do que na bola. Na opinião do jornalista, o time de Cuca ainda não se encontrou e permitiu que o Internacional sonhasse com a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Susto desnecessário para os torcedores.
“Hoje vimos um Palmeiras mais de pegada, do que propriamente de bola. O Palmeiras não fez um bom jogo. Deixou ser pressionado e dominado pelo Internacional, não levou perigo ao Danilo Fernandes. Foi melhorar apenas no segundo tempo, mas não fez aquilo que poderia. A insegurança psicológica ainda incomoda o Palmeiras que pode render bem mais”, analisou.
Em relação aos lances polêmicos da partida, Flávio Prado disse que não comprometeram o resultado da partida e acredito que não houve erro por parte do árbitro Ricardo Marques Ribeiro. “Eu não marcaria nenhum dos pênaltis reclamados pelo Palmeiras. E o gol anulado, foi bem anulado. A arbitragem não interferiu no resultado”, concluiu.
Ouça os gols da partida entre Internacional e Palmeiras:
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