Paulo André diz que invasão pesou em saída e brinca: “empresário foi o Marin”
Paulo André no treino do Corinthians
Paulo André no treino do CorinthiansO zagueiro Paulo André, que vai Shangai Shenhua, da China, passa os seus últimos dias no Brasil. Em entrevista para a Rádio Jovem Pan, o defensor admitiu que a invasão de torcedores organizados no CT Joaquim Grava influenciou na decisão de deixar o Corinthians, tanto que havia recusado duas propostas anteriores para deixar o clube. Mesmo assim, o líder do Bom Senso FC não perdeu o bom humor, dizendo que José Maria Marin, presidente da CBF e um dos maiores antagonistas do movimento, foi quem fechou a sua negociação.
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“Eu tinha uma proposta no meio do ano passado e no mês de janeiro da Itália. Eram tentadoras, eu pesei muita a questão da qualidade de vida, da segurança da tranquilidade”, disse o zagueiro, questionado se a violência das organizadas influenciaram na decisão.
“Jogar no Corinthians todo mundo sabe que é a minha paixão e os projetos fora de campo, que também caminham para uma vitória. Quem sabe daqui a algum tempo, quando o publico entender que ele é uma parte importante do espetáculo e se ele começar a exigir os seus direitos todos os poderosos terão que se curvar e fazer o que é da vontade do povo, dos jogadores, os maiores atores deste espetáculo. Mas desta vez realmente o ambiente não era muito propício, a proposta foi muito boa e acabou convergindo para que eu aceitasse e partisse para a China”, disse o zagueiro, questionado se a violência das organizadas influenciaram na decisão”, completou.
Mesmo assim, Paulo André reafirmou que não houveram nenhuma ameaça direta contra ele, seja por mensagens agressivas ou telefonemas. Mesmo assim, o choque familiar após o incidente no CT corintiano foi decisivo para o jogador aceitar jogar no outro lado do mundo.
” A gente aguenta muitas vezes a porrada, mas a família sofre dez vezes mais, porque não tem como se proteger dessas coisas. E eu achei que era a hora de dar uma acalmada”, disse.
Paulo André deixa o Corinthians depois de quase cinco anos de clube. Não só elogiado pelas ótimas atuações, o atleta alvinegro também se destacou por ser a voz mais ativa do Bom Senso FC, movimento dos jogaderes que luta por melhores condições no futebol brasileiro. A atuação política rendeu muitas críticas durante a má fase coritiana, com insinuações de que ele estaria dando mais atenção para os assuntos fora do gramado. Mesmo com os boatos e o tom de despedida, Paulo André ainda conseguiu brincar ao explicar como ocorreu a sua transferência.
“Tem muita gente brincando que o meu empresário foi o Marin. Na verdade foi o (Hugo) Garcia, que é meu empresário de longa data. Até o dia 31 de janeiro ele negociou com a Roma e com o Verona da Itália. Como estava na Espanha fechando a negociação do Vinicius Araújo para o Valencia, acabou conversando com um grupo espanhol que tinha contato com o Shangai e acabou fechando negócio”, explicou.
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