Paulo Angioni valoriza dirigentes executivos nos clubes: “o futebol cresceu”

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2015 17h38
Reprodução Paulo Angioni atualmente é diretor executivo do Vasco

Diretor executivo do Vasco, Paulo Angioni é um dos principais nomes entre os dirigentes executivos do futebol brasileiro. Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta sábado (18), Angioni comentou o momento atual do futebol brasileiro, em que a figura dos executivos ganha cada vez mais força e afirmou que o futebol pediu maior profissionalização.

“Realmente o futebol cresceu. Os mecanismos de necessidade que o produto futebol necessita fez com que profissionais de varias áreas buscassem novos mecanismos, novos conceitos, pra que pudesse sustentar o futebol futuro que necessita de muita competência. E esse profissional existe há muitos anos, eu estou nessa função há 30 e poucos anos e vem ocupando espaços”, afirmou o dirigente.

“O futebol passou por várias mãos, primeiro os técnicos tiveram poder muito grande, depois dirigentes amadores com muito poder, e continuam tendo muito poder, mas hoje se divide mais essa discussão. Ao dividir essa discussão, a figura do profissional da área gerencial, área executiva, passou a ter voz mais efetiva participando mais das decisões do departamento de futebol. Até porque houve a necessidade do futebol se profissionalizar um pouco mais. Então, essa função passou a ter um pouco mais de finalidade direta, com poder decisório que antes não tinha tanto. Hoje, passou a ter uma vertente de decisões mais contundentes passando pelas mãos desse profissional”, completou.

Angioni ainda destacou que não vê o fim da era dos dirigentes amadores e ressaltou que não vê problemas em trabalhar com cartolas que não são profissionais: “existe um distanciamento entre o irracional e o racional. Temos que entender o seguinte: futebol é paixão, o que agrega beleza ao futebol é paixão. Eu particularmente, por formação, consigo separar as cosias, respeito o dirigente amador. A figura do dirigente é o torcedor privilegiado, com ações especificas e que saiba respeitar o profissional, que é cobrado pelo rendimento, eficácia. Acho que dá para compatibilizar as duas coisas, não sou contra a existência do dirigente amador por ser um torcedor dentro do clube, sei conviver com as duas coisas”, finalizou executivo vascaíno.

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