Pedrinho analisa Ganso e recorda carreira: “poderia ter ido mais longe”
Um dos grandes meias do futebol brasileiro no final dos anos 90, Pedrinho ficou marcado por sofrer com muitas lesões. Mas ficar machucado não era o que mais chateava o ex-jogador, hoje com 38 anos. Em entrevista exclusiva ao repórter Márcio Spimpolo, da rádio Jovem Pan, Pedrinho lembra sua luta contra as contusões durante a carreira e destaca que poderia ter brilhado muito mais com a camisa do Palmeiras. O ex-meia ainda analisou o futebol de Ganso e pediu que o jogador são-paulino seja mais participativo dentro de campo.
“A forma como cheguei ao Palmeiras foi muito agradável. Eu fico me remoendo por ter me machucado tanto ao ponto de pedir para não receber. Tenho um carinho enorme e eu queria ter jogado mais. Quando joguei, joguei muito bem, mas me machucava demais. Poderia ter ido mais longe no Palmeiras, poderia ter ido a outro nível”, afirma Pedrinho.
“Eu sempre treinei demais, dormia cedo, tinha preocupação de perder um jogo e sair na rua, sempre tive uma preocupação e um respeito. E quando machuquei, algumas pessoas passavam do ponto. Até que um dia que não aguentei mais, cheguei ao Mustafá e pedi para que não recebesse enquanto não jogasse”, recorda o jogador revelado pelo Vasco.
As inúmeras lesões sofridos, principalmente nos tempos de Palmeiras fizeram com que Pedrinho virasse motivo de piada na mídia. Sereno, o ex-jogador destaca que nunca se incomodou com as brincadeiras, mas sim com as insinuações de corpo mole.
“Os apelidos, eu sempre levei de boa e até hoje eu brinco. O problema é quando as pessoas começam a acreditar que você está no departamento médico porque quer enganar, receber sem jogar, isso que me chateava mais”, destaca.
Meio campista, canhoto e habilidoso, Pedrinho brilhou no Vasco, passou por Palmeiras e Santos, mesmo clube onde outro meia iniciou a carreira: Paulo Henrique Ganso. Campeão Paulista na Vila Belmiro em 2007, Pedrinho analisou o meia, hoje no São Paulo e destacou que, se Ganso não sofre com nenhum lesão no joelho, precisa participar muito mais do jogo.
“Em termos de lesão a gente nãos abe se ele tem algo mais grave, de repente por um desgaste de cartilagem, ficar osso com osso. A participação do Ganso que a gente quer não é marcando, dando carrinho, é ocupando espaço, recompondo, tocar na bola 30 ou 40 vezes por jogo. Essa fome de estar com a bola. É só isso, e acho que ele já percebeu que precisa disso, e aí a gente não sabe se existe um problema físico ou se é a característica dele mesmo”, analisou.
Depois de um período trabalhando como comentarista na televisão, Pedrinho, hoje, estuda e aguarda novas oportunidades de trabalho. O vascaíno completou o curso de treinador da CBF e busca espaço novamente nos comentários ou na parte técnica de algum clube.
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