Pelé classifica morte de operário na Arena Corinthians como “normal”
A morte do operário Fabio Hamilto da Cruz não é sinal de preocupação para o país organizada da Copa do Mundo de 2014, pelo menos não na visão do Rei Pelé. O acidente fatal ocorrido no último dia 29 não comoveu o ex-atacante do Santos e seleção brasileira que classificou o episódio como “normal”. O que tem preocupado Pelé é a situação dos aeroportos, que ele viu como caótica. Apesar disso, ele manteve o otimismo e mostrou confiança no que ele chamou de “jeiitinho”.
Questionado sobre os pontos negativos e os positivos da organização do Mundial 2014. “Isso que aconteceu no Itaquerão é normal, coisa da vida, pode acontecer. É um acidente, isso eu não acredito que assusta”, afirmou Pelé, sobre o acidente no estádio corintiano, em entrevista coletiva em um evento de lançamento de sua linha personalizada de diamantes, em São Paulo.
Ele lamentou também que o país não tenha aproveitado o potencial de organizar eventos como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olímpiadas de 2016. “Foram três eventos que o país poderia crescer no geral e não apenas na área do esporte. É uma pena os problemas que aconteceram na Copa das Confederações [se referindo aos protestos] porque poderíamos ter aproveitado para melhorar o turismo e mostrar que somos um país de boa organização. Ficou mais ou menos”, opinou.
Pelé revelou que é a situação dos aeroportos que tem tirado seu sono. “Agora, na Copa do Mundo estamos tendo algum problemas e tenho certeza que o nosso erro e o do governo foi esquecer que a Copa do Mundo e as Olimpíadas tinham que abrir as portas do Brasil para turistas e tudo mais e não aproveitamos a oportunidade. Recentemente fui à Rússia, China e outros países da Europa e todos disseram que querem vir ao Brasil para ver o Mundial. Nós chegamos no sábado (05) e estava o caos no aeroporto e faltam dois meses para o início do evento. Essa é minha preocupação”, revelou.
Apesar do apontado como negativo, Pelé demonstrou otimismo no potencial do país para o evento, tanto na organização quanto dentro dos gramados. “O Brasil sempre dá um jeitinho. Com respeito, não tenho dúvida, nós somos a melhor seleção. Podemos estar mal, mas, indivualmente, ninguém tem tanto recurso como nós. Com respeito as outras equipes, é claro, Copa do Mundo é uma caixa de surpresas”, finalizou.
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