Pelé? Marta? Guga? Saiba quem pode acender a pira olímpica no Maracanã

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2016 12h19
  • BlueSky

A pira olímpica é a protagonista de todas as Cerimônias de Abertura dos Jogos Olímpícos

Reprodução A pira olímpica é a protagonista de todas as Cerimônias de Abertura dos Jogos Olímpícos

Os dias passam, a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro se aproxima, mas o mistério permanece: quem vai acender a pira olímpica no Maracanã? Pelo menos oficialmente, o gesto mais simbólico do principal evento esportivo do planeta ainda não tem dono. 

O nome do responsável por acender a pira olímpica tem sido guardado a sete chaves pela organização do eventoAo que tudo indica, o segredo só será desvendado momentos antes do acendimento da pira, na noite da próxima sexta-feira, no Maracanã 

A única coisa que se sabe é que pessoas que conduziram a tocha olímpica no revezamento nacional não podem protagonizar o ato mais importante da Cerimônia de Abertura da Rio-2016. Este detalhe exclui muitos candidatos e dá alguns indícios sobre possíveis escolhidos pelo comitê organizador. 

Com base em todas estas informações, o Jovem Pan Online resolveu especular… Veja, abaixo, a lista dos favoritos a acender a pira olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A Cerimônia de Abertura está marcada para as 20h (de Brasília) e tem previsão de três horas de duração. 

Pelé 

É o maior nome da história do esporte brasileiro e uma das cinco personalidades mais conhecidas da humanidade. O fato de ele ter apenas segurado (e o conduzido) a tocha durante o revezamento em Santos comprova que o comitê organizador prepara alguma participação do Rei do Futebol na cerimônia de sexta-feira. Já houve até um convite do COI para que ele acenda a pira olímpica, mas Pelé ainda precisa consultar patrocinadoresPesa contra Edson Arantes do Nascimento a pouca representatividade que o futebol possui dentro dos Jogos Olímpicos e o fato de ele nunca ter disputado uma Olimpíada na vida. 

Torben Grael 

É, ao lado de Robert Scheidt, o maior medalhista brasileiro na história dos Jogos Olímpicos. O ex-iatista de 56 anos ganhou dois ouros (Atlanta-1996 e Atenas-2004), uma prata (Los Angeles-1984) e dois bronzes (Seul-1988 e Sidney-2000) em duas décadas de carreira olímpica. Além disto, é um dos esportistas brasileiros mais reverenciados mundo afora. Ele estava no barco que levou a chama pela Baía da Guanabara ao Rio de Janeiro, mas não conduziu a tocha de maneira tradicional, pelo solo. 

Guga 

Foi quadrifinalista nos Jogos de Sydney, em 2000, e eliminado ainda na primeira fase da Olimpíada de Atenas, em 2004. Porém, é, sem dúvidas, um dos esportistas mais importantes da história do Brasil. Tricampeão de Roland Garros, foi o único brasileiro a liderar o ranking da ATP e é considerado um “fenômeno” por ter brilhado em uma modalidade pouco valorizada no País. Além disto, o ex-tenista é um poço de carisma e querido em qualquer parte do planeta. 

Robert Scheidt 

É, ao lado de Torben Grael, o brasileiro com maior número de medalhas na história dos Jogos Olímpicos. Aos 43 anos, o velejador tem dois ouros (Atlanta-1996 e Atenas-2004), duas pratas (Sydney-2000 e Pequim-2008) e um bronze (Londres-2012) em cinco participações no maior evento esportivo do mundo. Foi um dos candidatos a carregar a bandeira brasileira no desfile da próxima sexta-feira, mas perdeu a eleição para a pentatleta Yane Marques. Pesa a seu favor o fato de ainda estar em atividade e disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. 

José Roberto Guimarães 

Técnico da Seleção Feminina de Vôlei, é o único brasileiro da história a já ter conquistado três medalhas de ouro olímpicas. Foi campeão com o time masculino em 1992 e ganhou as duas últimas edições dos Jogos com as mulheres – feito inédito no vôlei. Além disto, é um exemplo de humildade, simpatia e honestidade fora das quadras. Também estará em ação na Rio-2016. 

Hortência 

Foi a maior jogadora de basquete da história do Brasil e medalhista de prata nos Jogos de Atlanta, em 1996. É conhecida internacionalmente e considerada uma das mulheres que melhor representou o esporte verde e amarelo em todos os tempos. 

Marta 

Maior jogadora de futebol de todos os tempos, é uma “versão feminina” de Pélé. Já foi eleita a melhor do mundo em cinco oportunidades e, diferentemente do Rei do Futebol, tem história em Jogos Olímpicos. Marta disputou três edições do maior evento esportivo do planeta e ganhou duas medalhas de prata (Atenas-2004 e Pequim-2008). Vai jogar na Rio-2016. 

Serginho 

Foi campeão olímpico em 2004 e faturou a prata nas duas últimas edições dos Jogos. Indicado para carregar a bandeira brasileira na Cerimônia de Abertura, será, aos 40 anos, o único medalhista de ouro a integrar a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei na Rio-2016. Tem uma inspiradora história de vida, é muito carismático e pertence ao esporte que mais vezes colocou o Brasil em pódios olímpicos. 

César Cielo 

Primeiro nadador brasileiro a ganhar um ouro em Jogos Olímpicos, detém o recorde mundial dos 50m e 100m livres e é considerado o “Usain Bolt” das águas. Maior nome da história da natação verde e amarela, tem três medalhas olímpicas e não conseguiu se classificar para a Rio-2016 – fato comoveu o País e fez Cielo recusar convites para participar do revezamento da tocha. 

Opções excluídas 

Outros esportistas também poderiam acender a pira olímpica, mas já foram descartados por terem conduzido a tocha durante o revezamento nacional. São eles: da dos Santos, Vanderlei Cordeiro de Lima, Oscar Schmidt, Maria Esther Bueno, Joaquim Cruz, Maurren Maggi, Sarah Menezes e Arthur Zanetti. 

Como foi antes? 

Incorporado às Cerimônias de Abertura em 1928, o acendimento da pira olímpica quase sempre foi protagonizado por grandes esportistas da história dos países-sede dos JogosO pugilista americano Muhammad Ali (1942-2016), por exemplo, realizou o ato em Atlanta-1996. 

Em Atenas-2004, foi o grego Nikolaos Kaklamanakiscampeão na vela nos Jogos de Atlanta, quem ateou fogo na pira. Quatro anos mais tarde, o ginasta chinês Li Ning, que ganhou três ouros na Olimpíada de 1984, acendeu a chama olímpica em Pequim. 

No entanto, há casos em que os comitês organizadores ousaram e preferiram passar mensagens no acendimento da pira olímpica. Em 1964, nos Jogos de Tóquio, por exemplo, o encarregado foi Yoshinori Sakai. Na ocasião, o nadador não tinha nenhuma medalha olímpica no currículo, mas sua escolha se justificou por um simbolismo: ele nasceu no mesmo dia da explosão da bomba atômica de Hiroshima. 

Em 2012, Londres também surpreendeu. Em vez de optar por um grande nome do esporte britânico, o comitê dos Jogos deu a sete jovens do país a missão de acender a pira. Foi a forma que a organização encontrou para transmitir uma lição importante a todo o planeta – de que o futuro do esporte é, muitas vezes, mais importante do que o passado/presente.

Gafe? 

O acendimento da pira olímpica é quase sempre emocionante. Tal momento, no entanto, também pode render cenas curiosas. O caso mais célebre é o da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona. O espetáculo foi dos mais encantadores da história, mas, na hora de o fogo olímpico ser ateado na pira, houve uma controvérsia 

O arqueiro Antonio Rebollo atirou uma flecha dentro do caldeirão e o acendeu de maneira impressionante. Algumas horas depois, contudo, descobriu-se que tudo não passou de um truque. A flecha, na verdade, jamais tocou o caldeirão: ela passou por cima dele e saiu do estádio. Uma câmera de televisão flagrou tudo.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.