Pelé na reserva, chuva de bandeiras e vaia: a confusa relação entre Seleção e Morumbi
A Seleção Brasileira vai enfrentar o Paraguai na Arena Corinthians no próximo dia 28. Três dias antes, porém, no sábado (25), Tite vai comandar um treino aberto ao público no estádio do Morumbi. E para muitos essa será a única oportunidade de ver de perto os craques brasileiros, como Neymar, Philippe Coutinho e Douglas Costa, já que os ingressos mais baratos para o duelo do Brasil em Itaquera estão sendo vendidos por R$ 200.
A expectativa é que a atividade receba um grande público, mesmo sendo realizada no Morumbi, um estádio que não traz boas recordações à Seleção. A casa tricolor foi palco de 28 jogos do Brasil e, na maioria das vezes, o time canarinho saiu de campo sob vaias e muitas críticas. A Jovem Pan Online relembra alguns episódios que marcaram essa conturbada relação. Confira:
Pelé na reserva?
No dia 26 de abril de 1970, às vésperas da Copa do Mundo, no México, o Brasil enfrentou a Bulgária em um amistoso. Neste duelo, houve a primeira demonstração de pouca paciência dos torcedores paulistas, que vaiaram o time comandado por Zagallo desde o apito inicial. O motivo? Simples. O recém-empossado treinador, que havia substituído João Saldanha, deixou Pelé no banco e escalou Paulo César Caju em seu lugar. Placar do jogo: 0 a 0.
Jogo festivo?
Acostumado a receber grandes jogos, no dia 3 de março de 1982, a Seleção Brasileira disputou um amistoso com a então Tchecoslováquia. O duelo, que se preparava para a Copa do Mundo, na Espanha, também serviu para homenagear o atacante Jairzinho, que foi escalado pelo técnico Telê Santana especialmente para completar seu 100º jogo pelo time canarinho. No entanto, o 1 a 1 no placar não agradou os torcedores, que vaiaram após o apito final.
Chuva de bandeiras
O maior e mais duro episódio envolvendo o Morumbi com a Seleção Brasileira aconteceu no dia 15 de novembro de 2000, na partida contra a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002, na Coréia do Sul e Japão. Após uma vitória por 1 a 0, mas com uma péssima atuação do time comandado pelo técnico Leão, a torcida se revoltou e atirou milhares de bandeirinhas do Brasil no gramado.
Nem o Fabuloso salva
No dia 21 de novembro de 2007, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, o Brasil voltou a jogar no Morumbi. O adversário era o Uruguai. Luís Fabiano, ídolo do São Paulo, marcou os dois gols da vitória por 2 a 1, salvando o time comandado por Dunga. No entanto, nem a noite inspirada de Fabuloso foi suficiente para evitar as vaias e criticas dos torcedores presentes no estádio.
Tragédia anunciada?
O último episódio da conturbada relação entre o estádio do São Paulo e a Seleção Brasileira aconteceu no dia 6 de junho de 2014, às vésperas da Copa do Mundo, em um amistoso entre Brasil e Sérvia. Mesmo com o time comandado por Felipão vencendo a partida por 1 a 0, com gol de Fred, vaias foram ouvidas no final da partida. Nem Neymar, já na condição de estrela, foi perdoado pelos torcedores, que mal sabiam que o pior estava por vir.
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