Pesquisa: espanhóis, alemães e italianos são os mais otimistas com seleções

  • Por Agencia EFE
  • 01/06/2014 12h55

Alfonso Gil

Valência (cidade), 1 jun (EFE).- Espanhóis, alemães e italianos são os europeus mais otimistas com relação ao papel de suas respectivas seleções no Mundial que começa no próximo dia 12, enquanto britânicos, que estarão representandos pela Inglaterra no Brasil, e franceses são os mais pessimistas.

Essa é a opinião dos torcedores dos países do grupo “Big-5” integrado por Itália, Alemanha, Reino Unido, França e Espanha, todas equipes campeãs do Mundo e classificadas para o Brasil.

Além disso, os campeonatos destas nações têm os maiores mercados futebolísticos da Uefa e quatro deles são os mais importantes da Europa, já que o da França é o sexto atrás de Portugal, que ocupa o quinto lugar.

O otimismo ou o pessimismo dos europeus com relação ao papel de suas seleções foi constatado em um estudo emoldurado no projeto FREE (Football Research in a Enlarged Europe) auspiciado pela União Europeia e desenvolvido por nove centros universitários do continente.

São universidades da Alemanha, Áustria, Dinamarca, França, Itália, Polônia, Reino Unido, Turquia e Espanha, que participa através da Universitat de València.

A pesquisa foi realizada com 7.245 pessoas desses países, dos quais 800 são espanhóis e as conclusões obtidas por países são ponderadas ponderaram com relação às respectivas povoações.

Pelo menos a metade dos espanhóis, alemães e italianos veem seu país nas semifinais, mas as máximas expectativas de ganhar o Mundial está por conta dos espanhóis, já que 58% dos indagados confiam nessa possibilidade, contra 47% dos italianos e 45% dos alemães.

Segundo a consulta, desses 58%, 41% dos espanhóis estão “convencidos” de que Espanha ganhará a competição e 17% estão “muito convencidos”.

Frente a esses 58% de otimistas, 25% dos indagados acreditam que “provavelmente a Espanha não ganhará o Mundial”.

Na França, pesam as últimas atuações e só 21% da população vêem a equipe nas semifinais, enquanto no Reino Unido, onde nem toda a população é seguidora da Inglaterra, 13% pensam em que o time vai chegar nas semifinais.

À margem das expectativas de cada país, a pesquisa ratifica que o interesse pelo torneio é muito superior nos países classificados que nos quais não estarão representados no Brasil.

Assim, os alemães ofereceram a cota mais alta, pois 82% indicaram que seguirão o Mundial, número muito afastado do mais baixo, oferecido pela Itália com 54%. Enquanto isso, na Espanha, 65%, ou seja dois de cada três cidadãos, deve seguir a competição.

O estudo também analisa os motivos de orgulho, enfado ou decepção que geram os resultados das seleções entre a população e que, em termos gerais, chegam a satisfazer quando são bons 87% da população e a entristecer 56% quando são adversos.

À margem de expectativas, otimismo, pessimismo ou desejo, os indagados coincidem que o Brasil é a equipe com mais possibilidades de ser campeã (41,6%).

Esta opinião é baseada em sua condição de mandante e na qualidade de seus jogadores, que concorrem nos principais campeonatos europeus. A grande distância na consideração de favoritos se encontram Espanha (16%) e Alemanha (14%).

O estudo pretende conhecer a contribuição do futebol ao desenvolvimento de uma identidade europeia específica através da história dos torneios e a memória do futebol neste continente, assim como da feminização deste esporte, as identidades e a esfera pública que geram e sua governança. EFE

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