Pirlo x Iniesta: rivais na final da Champions e colegas no amor pelo vinho
Andrea e Andrés não têm apenas a grafia do nome parecida. Nem mesmo a tarefa de comandar técnica e taticamente o meio de campo de suas equipes, finalistas da Liga dos Campeões da Europa.
Andrea Pirlo e Andres Iniesta são peças fundamentais de Juventus e Barcelona, respectivamente, e farão um duelo de elegância e visão de jogo no sábado, dia 6. Entretanto, os dois compartilham outra paixão, além do futebol: a apreciação e a produção de vinhos. Ambos são donos de uma vinícola em seu país natal.
Seguindo a série de comparações entre os destaques dos times finalistas da Champions, a Jovem Pan Online destaca dois dos melhores meias do futebol mundial nos últimos anos, donos de uma técnica refinada como os melhores vinhos.
Andrea Pirlo (Juventus):
Poderíamos fazer a batida comparação do camisa 21 com o vinho: quanto mais envelhece, melhor fica. Soaria clichê, mas tem seu fundo de verdade. Não que Pirlo viva agora o auge de sua vitoriosa carreira. Entretanto, ele surpreendeu a muita gente ao manter o alto nível de atuações na Juventus, mesmo já estando na casa dos 30 anos.
Agora, aos 36, o meia se encaixa no forte meio de campo da atual campeã italiana, combinando sua técnica, experiência e visão de jogo com a vitalidade, a raça e a juventude de Vidal e Pogba. A mistura deu muito certo e resultou em quatro títulos do Calcio nas últimas quatro temporadas.
Os troféus conquistados pelo time de Turim apenas mantêm o hábito de Pirlo dentro do futebol. Pelo Milan, venceu a Liga dos Campeões em duas oportunidades e o Italiano em outras duas. Pela Azzurra, foi campeão mundial em 2006.
Especialista em lançamentos, chutes de longa distância e, principalmente, cobranças de falta, o “Chuck Norris” italiano pode ser decisivo na final de sábado e conquistar a Europa pela terceira vez na carreira.
Andrés Iniesta (Barcelona):
Cria das categorias de base do Barça, Iniesta é hoje um craque do futebol mundial, mas nem sempre foi assim. Até a chegada de Guardiola ao comando do time e a ascensão e consagração do estilo “tiki-taka”, o espanhol era considerado apenas um bom jogador.
Com o tempo, suas características foram se mostrando cada vez mais úteis às equipes que começavam a dominar o futebol mundial – o próprio Barcelona e a Seleção da Espanha. Diferentemente do que se valoriza hoje em dia – velocidade, força e preparação física –, Iniesta não é forte fisicamente nem muito veloz. Entretanto, como um meia clássico de décadas passadas, compensa isso com sua visão de jogo, dribles e precisão nos lançamentos.
Essas características se aproximam daquelas ostentadas por Andrea Pirlo, mas a posição ocupada por ambos em campo difere um pouco. Enquanto o italiano joga como primeiro ou segundo volante, Iniesta é, principalmente, um meia armador, podendo ser recuado caso necessário ou até adiantado para jogar na ponta esquerda.
De qualquer maneira, ambos são, além de apreciadores de um bom vinho, dois expoentes de suas equipes. E o espanhol, que nunca foi protagonista e agora é ofuscado pelo brilho do trio de ataque MSN, continua humildemente fazendo funcionar o meio de campo do time pelo qual conquistou o mundo e a Europa três vezes.
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