Platini garante aos filiados da Uefa que não é acusado de qualquer crime

  • Por Agencia EFE
  • 28/09/2015 23h43
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Redação Central, 28 set (EFE).- O francês Michel Platini, presidente da Uefa, enviou nesta segunda-feira uma carta aos 54 mandatários de federações nacionais da Europa, garantindo que não foi acusado de nenhum crime e que o pagamento que recebeu da Fifa em 2011 corresponde a trabalhos realizados entre 1998 e 2002.

“Fui contratado pela Fifa para atuar em uma ampla gama de assuntos relacionados ao futebol. Foi um trabalho integral e minhas funções eram conhecidas por todas. A remuneração foi acordada naquele momento. O saldo final de 2 milhões de francos suíços foi pago em fevereiro de 2011”, diz o texto.

Platini garante na carta que não irá fazer declarações detalhadas sobre a investigação que está em curso, mas admitiu que “por razões de transparência”, quis fazer alguns esclarecimentos, após prestar depoimento como testemunha há três dias, como parte do procedimento aberto pela promotoria suíça contra o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

O ex-meia francês afirmou ainda que já fez contato com a Comissão de Ética da federação internacional, para confirmar que poderá se apresentar e dar qualquer informação necessária, se assim for solicitado.

“Sou consciente de que este assunto pode prejudicar minha imagem e minha reputação, e em consequência a imagem da Uefa, a organização de que sou orgulhoso por ser presidente. Por estas razões, desejo usar todas minhas energias para garantir que qualquer problema ou mal-entendido possa ser resolvido o mais rápido possível”, disse o dirigente.

Blatter é acusado de ter assinado um contrato contrário aos interesses da entidade máxima do futebol com a União Caribenha de Futebol, presidida na época por Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa e colaborador próximo do dirigente suíço.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral afirmou que considera que Blatter prejudicou a entidade ao assinar o contrato, especialmente a Fifa Marketing & TV, ato que, segundo a Justiça suíça, representaria “uma violação de seus deveres de gestão”.

Por outro lado, a Procuradoria indica que Blatter efetuou um “pagamento desleal” de 2 milhões de francos (cerca de 2 milhões de euros no câmbio atual) ao presidente da Uefa, Michel Platini, “em prejuízo da Fifa”. EFE

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