Platini pede fim das expulsões em pênaltis cometidos pelo último defensor

  • Por Agencia EFE
  • 22/02/2014 14h43
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EFE Platini se pronunciou e pede mudanças na expulsão em caso de pênalti

O presidente da Uefa, Michel Platini, reforçou neste sábado sua oposição quanto à regra que obriga os árbitros a expulsarem o jogador que comete um pênalti quando é o último homem da defesa.

A regra foi aplicada na última rodada da Liga dos Campeões da Europa, quando foram expulsos o zagueiro Martín Demichelis, do Manchester City, no jogo contra o Barcelona, e o goleiro Wojciech Szczesny, no jogo entre Arsenal e Bayern de Munique.

Platini considerou que a regra representa “uma tripla punição” – pênalti, expulsão e um jogo de suspensão – e ainda garantiu que todos os comitês técnicos consultados, federações, jogadores e árbitros, são contra a regra atual por considerá-la excessiva.

O dirigente lembrou, no entanto, que apenas a Fifa pode realizar a mudança da regra, através da International Board.

“Estamos a 15 anos pedindo a mudança, mas nós não podemos fazê-la. Escrevemos à Fifa pedindo que mudem a regra, mas isso não nos corresponde”, afirmou Platini.

O ex-jogador francês também reiterou seu desejo de que seu projeto de “fair play financeiro”, que pretende que todos os clubes cumpram normas orçamentárias comuns, comece a dar frutos, embora tenha evitado se pronunciar sobre algum clube especificamente.

“A unanimidade do mundo do futebol decidiu buscar soluções para regular certos excessos de dinheiro no esporte. Foi acordado a colocação de regras e dar quatro anos aos clubes para que se enquadrem às normas. Todo mundo conhece as regras. Agora chegamos ao fim destes quatro anos”, disse Platini.

O secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino, também falou sobre o tema, explicando que existem duas instâncias, um comitê de investigação e outro de sanções, que deverão avançar pouco a pouco e impor as primeiras punições aos clubes que descumprirem o acordo.

Platini evitou se pronunciar sobre a possibilidade de concorrer à presidência da Fifa, reforçando que anunciará sua decisão após o Copa do Mundo.

Finalmente, o presidente da Uefa se referiu à comemoração polêmica do atacante Nicolas Anelka, do West Bromwich, que fez gesto considerado nazista ao imitar o humorista francês Dieudonné.

“Combatemos toda forma de racismo, tomamos grandes resoluções, e toda forma de racismo em uma competição da Uefa será punida. Nenhuma tolerância. Temos casos também no futsal e tomaremos decisões firmes”, garantiu. 

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