Poder feminino: as pioneiras que cavaram o espaço das brasileiras em Olimpíadas
Conhecido como o Dia Internacional da Mulher, o dia 8 de março é usado todos os anos para homenagear as mulheres e apoiá-las em sua luta por mais igualdade e espaço na sociedade. Espaço esse que, apesar não ser o ideal, é maior do que o de décadas atrás. Uma prova disso pode ser tirada do esporte: em Los Angeles, 1932, pela primeira vez uma brasileira participou de uma Olimpíadas com a presença da nadadora Maria Lenk. Oitenta anos depois, 47% da delegação do Brasil nos Jogos de Londres, em 2012, era composta por atletas do sexo feminino.
Esse crescimento se deve às mulheres que, a despeito das dificuldades e do preconceito, conseguiram, pouco a pouco, cavar seu espaço no esporte brasileira. E é justamente essas mulheres que o Jovem Pan Online lembra nesta terça-feir, Dia da Mulher e marca de 150 dias para o início dos Jogos do Rio-2016. Confira!
Maria Lenk: primeira participação
A nadadora não foi apenas a primeira mulher brasileira a participar das Olimpíadas, em 1932, mas também a primeira sul-americana. Apesar de não ter conquistado uma medalha na ocasião, Maria Lenk fez história ao quebrar diversos recordes mundiais nas décadas de 1930 e 1940. Nos últimos anos, voltou a ser lembrada (e conhecida) por ter dado nome ao Parque Aquático do Rio de Janeiro, construído em 2007.
Aída dos Santos: primeira finalista
Trinta e dois anos depois de Maria Lenk, Aída dos Santos voltou a ser a única representante feminina na delegação brasileira. E, mesmo assim, não fez feio. Ao chegar à final do salto em altura, na qual ficou em quarto lugar, a carioca se tornou a primeira mulher do Brasil a chegar tão longe em uma competição olímpica. A medalha não veio – uma conquista dessas só viria em 2008 –, mas Aída, mãe da jogadora de vôlei Valesquinha, marcou seu nome no esporte.
Eleonora Mendonça: primeira maratonista
Um verdadeiro ícone da corrida de rua, Eleonora foi a primeira mulher brasileira a disputar uma maratona olímpica, nos Jogos de 1984, em Los Angeles. Mas sua importância para o esporte vai além disso: promotora de eventos de corrida, ela é também a idealizadora da Maratona do Rio.
Sandra Pires e Jacqueline: primeiro ouro
Da estreia de uma mulher brasileira em Olimpíadas, com Maria Lenk em 1932, até a conquista de um ouro por mulheres, foram longos 64 anos. Mas a medalha finalmente veio em Atlanta, em 1996, pelas mãos da dupla Silva, que venceram as compatriotas Mônica Rodrigues e Adriana Samuel na final do vôlei de praia. Alegria dupla para o esporte nacional.
Ketleyn Quadros: primeira medalha individual
Se a dupla Sandra Pires e Jacqueline Silva foi a primeira a fazer com que mulheres brasileiras conquistassem uma medalha de ouro em Olimpíadas, a primeira medalha de uma atleta em prova individual demorou mais 12 anos. Ela só veio quando Ketleyn Quadros ficou em terceiro lugar no judô e, com o bronze, conseguiu atingir essa marca. Na mesma edição dos Jogos, ela acabou sendo superada por outra brasileira notável nos esportes.
Maurren Maggi: primeiro ouro individual
Com um salto de 7,04 metros, durante as Olimpíadas de Pequim, em 2008, Maurren Maggi escreveu seu nome na história do esporte brasileiro. Além de se tornar a primeira a vencer uma prova de salto em distância, ela também foi a primeira atleta do país a conquistar uma medalha de ouro em uma prova individual. Somando a isso seus três ouros em Pan-Americanos, a paulista de São Carlos entrou no grupo dos maiores esportistas do Brasil.
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