Por que o Santos se encantou tanto e teme mais o Audax na Vila do que em Osasco

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2016 16h37

Audax jogou de igual para igual com o Santos e encantou a comissão técnica alvinegra

Renato Silvestre/Audax/Divulgação Audax jogou de igual para igual com o Santos e encantou a comissão técnica alvinegra

No último domingo, minutos depois de comandar o Santos no empate por 1 a 1 com o AudaxDorival Junior usou os microfones da sala de imprensa do Estádio Municipal Prefeito José Liberatti para se render: “fico feliz por ter participado deste espetáculo”. O termo usado pelo treinador para adjetivar a partida de ida da final do Campeonato Paulista não foi exagerado. O clube alvinegro, de fato, saiu de Osasco encantado com a surpreendente equipe treinada por Fernando Diniz. 

Audax encarou o Santos de igual para igual e proporcionou um confronto agradabilíssimo na região metropolitana de São Paulo. O time de Osasco desafiou a máxima de que finais de campeonatos geralmente são mais estudadas e cadenciadas e abriu mão da defesa para agredir o rival, conhecidamente mais tradicional. O que se viu foi um jogo aberto, recheado de lances plásticos e agudos. O público gostou? Sem dúvidas. Mas, acredite ou não, o rival do Audax ficou ainda mais deslumbrado. 

Eu, o Dorival e o Marcelo Fernandes (auxiliar técnico) estávamos conversando no vestiário, depois do jogo… Rapaz, que equipe é essa do Audax, hein? Que equipe maravilhosa“, admirou-se Sebastião Martins Oliveira Junior, o popular Arzul, preparador de goleiros do Santos.

Em entrevista exclusiva ao repórter Luís Carlos Quartarollo para o Plantão de Domingo, da Rádio Jovem Pan, o profissional, que está no clube há 16 anos, confirmou que o time de Osasco, de fato, maravilhou Dorival Júnior e o restante da comissão técnica santista. 

Arzul até listou as qualidades do Audax que impressionaram o Santos. “É muito bom ver uma equipe como esta jogar, porque ela pratica um futebol maravilhoso, para frente, com posse de bola, toques rápidos, transições ofensivas e defensivas velozes... É lindo”, resumiu.  

Outra prova do encantamento santista com o Audax foi dada por Lucas Lima. Depois de sair de campo de muletas por causa de uma entorse no tornozelo direito, o meia alvinegro conversou ao vivo com Flávio Prado e Vampeta, da Rádio Jovem Pan, e brincou com o presidente do clube de Osasco: “seu time está dando muito trabalho para a gente, viu, Vamp?”.

 

E se engana quem pensa que o Santos só temia o Audax em Osasco. Apesar de não perder uma partida em casa desde julho do ano passado, o clube alvinegro, por incrível que pareça, acredita que terá mais problemas na Vila Belmiro do que teve no José Liberatti. E a explicação é técnica. 

Na Vila Belmiro, pelas condições do nosso gramado, que são muito melhores do que a do estádio do Audax, o jogo vai ser muito mais difícil do que foi em Osasco. O gramado de lá era meio duro, então a bola quicava muito na condução dos atletas. Esperamos que o Audax nos ofereça mais dificuldades ainda na Vila”, afirmou Arzul. 

A tendência, de fato, é que a partida do próximo domingo seja ainda mais aberta do que a disputada em Osasco. A Vila Belmiro, afinal, possui um gramado mais regular e liso, o que promete beneficiar os dois times, extremamente técnicos. Na primeira fase do Paulistão, Santos e Audax se enfrentaram na Baixada, e os mandantes venceram, de virada, por 2 a 1. Na ocasião, contudo, as duas equipes,  classificadas ao mata-mata, pouparam titulares. A prova dos nove acontecerá no próximo fim de semana. E, para melhorar, valerá taça. Sorte a nossa!

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