Por que o Santos vai fazer um amistoso contra um time do Marrocos?

O torcedor que se atentar à tabela de jogos deste fim de semana no futebol brasileiro com certeza vai estranhar. Por que o Santos vai disputar um amistoso contra o desconhecido Kenitra, do Marrocos? A explicação não está em nenhum fato histórico, homenagem ou algo que o valha… Ela se resume ao marketing. 

O Santos é patrocinado por uma empresa aérea marroquina, a Royal Air Maroc. No fim do ano passado, esta empresa sugeriu que o time paulista viajasse ao país africano para realizar a sua pré-temporada por lá – algo que o clube brasileiro não aceitou. 

Então, a Royal Air Maroc insistiu e fez outro convite: que o Santos fosse ao Marrocos para jogar apenas um partida, em Marrakesh, contra o Raja Casablanca. A diretoria paulista também não se interessou pela proposta e, para não deixar a patrocinadora de mãos vazias, negociou a realização de um amistoso no Pacaembu – estádio que deve receber mais jogos da equipe alvinegra em 2017. 

A empresa gostou da ideia e incluiu o desconhecido Kenitra, atual lanterna do Campeonato Marroquino, no projeto. Vai ser ele quem irá enfrentar o atual vice-campeão brasileiro neste sábado, às 18h30 (de Brasília), em São Paulo. O Santos vai aproveitar a oportunidade para apresentar elenco e novo uniforme à torcida. 

“A pré-temporada serve para preparar o jogador não para o dia 3 de fevereiro, mas para o dia 17 de dezembro, que, esperamos, seja o dia da nossa última partida do ano, a final do Mundial. Por isso, achamos melhor ficar no Brasil, e não viajar ao Marrocos“, justificou o presidente do Santos, Modesto Roma Junior, em entrevista exclusiva Flavio Prado, para a Rádio Jovem Pan. 

A tendência, por sinal, é de que o amistoso estreite ainda mais os laços entre Santos e Marrocos. Na última quinta-feira, por exemplo, o ministro dos Transportes de Marrocos e prefeito de Kenitra, Aziz Rabbah, visitou o CT Rei Pelé e falou sobre a possibilidade de realizar uma parceria com o clube da Baixada.  

A ideia é de que o Santos tenha uma academia de formação de jogadores para ajudar no desenvolvimento do futebol no Marrocos e, ainda por cima, alavanque a sua marca em um continente como o africano, apaixonado por futebol – o Fluminense tem uma parceria semelhante, mas na Eslováquia.