Pratto supera Pato, faz três e líder Atlético-MG vence o São Paulo no Mineirão

  • Por Lancepress
  • 30/07/2015 00h03
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BELO HORIZONTE, MG, 29.07.2015: ATLÉTICO-MG-SÃO PAULO - Lucas Pratto comemora gol na partida entre Atlético-MG X São Paulo, nesta quarta-feira (29) no estádio do MIneirão em Belo Horizonte, válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. (Foto: Mourão Panda/Photo Press/Folhapress) Folhapress Alexandre Pato e Luís Fabiano perderam chances pelo São Paulo

No nome, a diferença entre Pratto e Pato são de apenas duas letras, um “r” e um “t”. Em campo, no entanto, ela pode ser gigantesca, responsável por uma vitória. Para azar do São Paulo, foi assim nesta quarta-feira, no Mineirão, onde o líder Atlético-MG contou com a força do seu centroavante para bater o Tricolor por 3 a 1 e seguir líder isolado do Campeonato Brasileiro, agora com 35 pontos.

Pratto fez três gols, nas três oportunidades que teve no primeiro tempo, todas divididas entre méritos do argentino e erros do sistema defensivo do São Paulo. O atacante do Galo foi a ineficiência em pessoa e decidiu uma partida recheada de emoções e erros de ambas as partes. Venceu não necessariamente quem errou menos, mas quem acertou mais.

Pato, por outro lado, também foi efetivo, deixou sua marca no segundo tempo. Mas na memória do são-paulino ficarão as bolas que ele deixou de colocar para dentro. Antes dos 20 minutos, ele já tinha surgido duas vezes em ótimas condições na cara de Victor. Na primeira cruzou, mas Luis Fabiano não conseguiu completar e, na segunda e mais clara, recuou para o goleiro atleticano. Para completar, Reinaldo também saiu na cara do gol, mas rolou muito forte para Luis Fabiano, que não alcançou na cara. Não pode. Foi a deixa para Pratto marcar duas vezes, com 25 minutos de jogo.

Os gols do time da casa deixaram o jogo alucinante e com boa dose de contribuição das duas defesas. A do São Paulo tinha calafrios a cada investida do Atlético-MG e vice-versa. Numa dessas brechas, Luis Fabiano achou Ganso na área, o meia acertou a trave e, no rebote, Pato mandou pra fora. Mais uma! E o Galo? Não perdoa. Pratto, no fim do segundo tempo, se infiltrou novamente entre os zagueiros para decretar o placar. Quem não faz, leva, mais batido do que tudo…

Foi um baque para o São Paulo, que foi ao vestiário com o seguinte cenário: o técnico Juan Carlos Osorio encontrou um esquema, mesmo com a fragilidade de seus três zagueiros e Michel Bastos distante do gol, que achou diversas brechas no líder do campeonato, criou chances para matar o jogo, mas estava sendo massacrado no placar. O que fazer? O colombiano optou por esperar e voltou com o mesmo time.

A poeira abaixou. O Galo também não fez mais por onde aumentar o placar. Deu espaço para Pato, que não é Pratto, mas tem seu valor. Aproveitando passe de Ganso, aos 13 minutos, ele diminuiu o desastre e devolveu emoção ao jogo. Ele merecia um gol, afinal vestia a braçadeira de capitão, um pedido seu ao goleiro Rogério Ceni. Voltou com um dado negativo: foi a primeira vez que marcou um gol e o São Paulo saiu derrotado – ele fez 18 em 2015.

O Galo, que nada tem a ver com isso, aproveita-se de ter um time que joga pra frente e que desperdiça poucas oportunidades. Mais. Tem um centroavante com o espírito que Levir Culpi vem dando a esse time: vibrante e decisivo. Quem quiser fazer frente ao Atlético-MG precisará de muita luta.

Ao São Paulo, ficará à espera. Mais precisamente, de dez dias até o clássico contra o Corinthians, no Morumbi, no próximo dia 9. Até lá, muita coisa precisa ser vista e revista. Não se pode lamentar que não há um Pratto no time. Afinal, alguém tem de pagar o Pato…

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