“Preocupada” com relatório da Wada, Fina detalha ações antidoping na Rússia

  • Por Agência Estado
  • 11/11/2015 16h02
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Divulgação/Fina Envolvida em escândalo de doping

O atletismo não é o único pilar do esporte olímpico da Rússia. No Mundial de Esportes Aquáticos disputado em Kazan neste ano, os donos da casa ganharam 17 medalhas e, no total de ouro, só ficaram atrás de China e Estados Unidos. Por isso, nesta quarta-feira a Federação Internacional de Natação (Fina) emitiu comunicado para se posicionar a respeito do escândalo de doping que atinge o atletismo da Rússia.

“A Fina expressa sua profunda preocupação depois da publicação do relatório da Comissão Independente da Agência Mundial Antidoping (Wada) e seu impacto no esporte em geral. Como pilar do movimento olímpico, a Fina, empreende uma forte e robusta política para otimizar nossas estratégias antidoping, preservar a validade e a integridade das competições da Fina e proteger os atletas limpos dos cinco continentes”, disse a entidade.

A Fina está diretamente interessada no relatório da Wada principalmente porque foi na Rússia, em Kazan, que aconteceu o último Mundial de Esportes Aquáticos. E foi o laboratório de Moscou, agora descredenciado, que realizou os exames antidoping da competição.

“Durante a competição, 654 amostras foram coletadas, sendo 457 de urina e 188 de sangue. Além disso, foram outras 418 amostras de sangue coletadas dentro do programa de Passaporte Biológico. Esses testes foram analisados pelo laboratório credenciado em Moscou, sob a supervisão de observadores independentes do laboratório Wada de Barcelona e Londres. Cada amostra coletada durante o Mundial de Kazan será transferida e armazenada no laboratório de Barcelona”, explicou a Fina.

Além disso, o órgão responsável pelos esportes aquáticos em todo o mundo lembrou que os exames fora de competição na Rússia são conduzidos por uma empresa sueca independente, a IDTM. 

De acordo com a Fina, até 2014 a maior parte das análises de exames colhidos por atletas russos era realizada em Moscou. Mas isso mudou em 2015, quando as denúncias de doping sistemático na Rússia passaram a ganhar peso. “Em 2015, cerca de 80% das amostras colhidas na Rússia foram analisadas em Barcelona e Colônia (Alemanha). As amostras de atletas russos colhidas fora da Europa foram analisadas em Montreal (Canadá) e Salt Lake City (EUA).”

Segundo dados da Fina, em 2014 foram colhidas 50 amostras de 32 atletas russos durante competição. O país mais testado foi a Austrália, com 50 atletas e 108 exames. No programa de passaporte biológico, foram 66 amostras, de 50 atletas. Nesse caso, a Austrália teve apenas 29 pessoas e 39 colheitas, apenas.

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