Presidente da China vai à Rússia para assistir abertura dos Jogos de Sochi

  • Por EFE
  • 06/02/2014 04h22
EFE Diretor do COI garante Jogos de Inverno sem discriminação

O presidente da China, Xi Jinping, deixou Pequim nesta quinta-feira e partiu rumo à Rússia para assistir a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014 na próxima sexta-feira e manter um encontro com seu colega russo, Vladimir Putin.

A viagem de Xi que, segundo o previsto, durará dois dias, é a segunda ao país vizinho desde que foi nomeado oficialmente como presidente da China em março do ano passado.

Durante a sua estadia na Rússia, Xi estará acompanhado pelo conselheiro de Estado Yang Yiechi, assim como pelos membros do Comitê Central do Partido Comunista, Wang Huning e Li Zhanshu, confirmou hoje a agência oficial “Xinhua”.

A presença de Xi na inauguração dos Jogos na cidade russa de Sochi é vista como uma demonstração de apoio da China para a Rússia, depois que vários líderes ocidentais, entre eles, o presidente americano Barack Obama e o da Alemanha, Joachim Gauck, anunciaram que não estarão presentes no evento esportivo.

No entanto, o líder chinês se encontrará na abertura das Olimpíadas de Inverno com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e o turco Recep Tayyip Erdogan, assim como com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que já confirmaram presença.

A Rússia foi muito criticada pela recente aprovação de várias leis contra “propaganda homossexual” e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo que, segundo as minorias sexuais, restringem seus direitos fundamentais.

Devido às “ausências” na cerimônia de abertura, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, criticou o “boicote” de alguns líderes estrangeiros aos Jogos, pois defendeu que “os atletas deveriam contar com o apoio dos políticos”, apesar de ter negado que apoiava a polêmica lei.

Bach assegurou que os Jogos de Sochi “estarão livres de discriminação”, após receber garantias do país organizador.

Além disso, Putin determinou fortes medidas de segurança para dissipar o medo de que se repita o ocorrido em dezembro, quando 34 pessoas morreram em um atentado em Volgogrado, outra grande cidade do sul da Rússia.

Cerca de 37 mil efetivos de segurança se deslocarão até Sochi durante os Jogos (entre os dias 7 e 23 de fevereiro), que, segundo diferentes cálculos, serão os mais caros da história, com um custo total de US$ 50 bilhões, um número cinco vezes superior ao orçamento inicial. EFE

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