Presidente da Federação Italiana de Futebol diz aceitar punição por racismo
Roma, 7 out (EFE).- A Federação Italiana de Futebol (FIGC) anunciou nesta terça-feira que seu presidente, Carlo Tavecchio, aceitou a suspensão de seis meses imposta pela Uefa por sua declaração racista durante a campanha eleitoral.
“(Tavecchio) Decidiu aceitar a decisão a fim de evitar um litígio prolongado que haveria entre a Uefa e a FIGC durante muito tempo e que só seria resolvido na Corte Arbitral do Esporte (CAS). O presidente Tavecchio aceitou, portanto, a decisão”, afirmou a FIGC em comunicado.
O Comitê de Controle, Ética e Disciplina da Uefa decidiu nesta terça que Tavecchio não poderá participar do Congresso da entidade que rege o futebol europeu, em 24 de março de 2015, e também não será elegível para cargos do organismo continental por um período de seis meses.
O dirigente foi eleito presidente da FIGC em 11 de agosto, no meio de uma enorme polêmica depois que fez um comentário racista durante sua campanha eleitoral.
A Inglaterra estuda se os jogadores que chegam ao país têm o profissionalismo necessário para poder jogar. Aqui, por outro lado, chega um Opti Poba (nome hipotético) que antes comia bananas e agora joga de titular na Lazio”, declarou na época o então candidato, que depois pediu desculpas.
Após receber as alegações e estudar o caso, o comitê decidiu puni-lo. Além de cumprir a suspensão, Tavecchio ainda deverá organizar um encontro especial na Itália destinado a fomentar o cumprimento dos princípios da Resolução da Uefa contra o racismo. A decisão começa a valer imediatamente, como estabelece o artigo 63 do Regulamento de Disciplina da entidade. EFE
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