Presidente de federação boliviana é preso por suspeita de corrupção
La Paz, 17 jul (EFE).- A polícia da Bolívia prendeu nesta sexta-feira o presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Carlos Chávez, que também é tesoureiro da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), dentro de uma investigação aberta por suspeitas de corrupção.
Chávez foi detido na cidade de Sucre, a capital constitucional da Bolívia e sede do Poder Judiciário, após prestar depoimento durante oito horas diante de uma comissão de promotores que investiga a corrupção na FBF, informou a Procuradoria Geral do Estado em um breve comunicado.
Segundo a imprensa local, o secretário-executivo da federação, Alberto Lozada, também foi detido.
Chávez foi intimado a prestar esclarecimentos em junho, mas seu depoimento acabou sendo adiado porque o dirigente tinha que comparecer a uma reunião da Conmebol no Paraguai e depois acompanhou a seleção da Bolívia na Copa América realizada no Chile.
A procuradoria boliviana decidiu abrir uma investigação sobre supostos atos de corrupção no manejo de recursos econômicos que entraram no país através da FBF, depois que explodiu o escândalo de propinas na Fifa, que está sendo investigado pela Justiça dos Estados Unidos.
No final de maio, a Justiça americana apresentou acusações contra vários dirigentes da entidade máxima do futebol mundial, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.
Chávez preside a FBF desde 2006 e foi reeleito duas vezes, em 2010 e 2014, em meio a polêmicas e disputas entre os cartolas.
Sua administração foi duramente criticada pelo presidente do país, Evo Morales, um admirador declarado do futebol, que pediu várias vezes a renúncia do dirigente. EFE
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