Presidente do COB, Nuzman é favorito a assumir a Odepa após Rio-2016

  • Por Agência Estado
  • 19/02/2016 15h04
RJ - SEMINÁRIO/OLIMPÍADAS/RIO - ESPORTES - O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, participa de seminário sobre a organização dos Jogos Olímpicos, no auditório do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 28. Entre os temas abordados estão a revitalização do Porto Maravilha, sustentabilidade, investimentos privados, mobilidade e acessibilidade, planejamento e organização. 28/01/2016 - Foto: PAULO CAMPOS/ESTADÃO CONTEÚDO Agência Estado Carlos Arthur Nuzman pode comandar a entidade responsável pela organização dos Jogos Pan-Americanos

Em quinto mandato à frente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e também presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman quer alçar voos mais altos após a Olimpíada. O brasileiro é considerado o principal favorito nas eleições da Organização Desportiva Pan-Americana, a Odepa, responsável pela organização dos Jogos Pan-Americanos.

Por 40 anos, de 1975 até fevereiro do ano passado, a entidade teve o mexicano Mario Vázquez Raña como uma espécie de presidente vitalício, que só deixou o cargo ao morrer. Julio César Maglione, uruguaio de 80 anos que preside também a Federação Internacional de Natação (Fina) assumiu interinamente, mas não tem interesse em permanecer.

Por isso, está aberta a corrida pela sucessão, pensando na organização dos Jogos Pan-Americanos de 2019, que serão em Lima, no Peru. Entre 4 e 5 de maio, logo após a saída da tocha olímpica de Brasília, a ODEPA se reúne na capital brasileira para discutir um novo estatuto.

A eleição da Odepa ainda não está marcada, mas deve ocorrer em agosto ou setembro. A principal dúvida é se antes ou depois dos Jogos Olímpicos do Rio. Caso a opção seja esperar a Olimpíada, uma organização bem sucedida ajudaria Nuzman, atual segundo vice-presidente, a chegar ao poder.

Procurado pela reportagem, Nuzman não quis comentar o assunto. Até agora, ele não se colocou oficialmente como candidato, ainda que seja apontado pelos seus pares como favorito à vitória. 

“Carlos (Nuzman) é realmente um bom líder. Ele nos ajudou muito quando tivemos problemas para organizar os Jogos Sul-Americanos em Santiago após um terremoto em 2010. Ele ajudou todos os países sul-americanos. Mas eu acho que isso foi há muito tempo e é hora de mudarmos para uma nova geração de líderes da Odepa”, disse, ao site Inside The Games, o presidente do Comitê Olímpico Chileno, Neven Ilic, candidato à presidência da ODEPA, falando sobre seu provável adversário.

A entidade tem 41 membros, dos quais 14 sul-americanos, uma vez que Panamá, Guiana, Panamá e Suriname, são membros da Organização Desportiva Sul-Americana (Odesur), ainda que não deixem de fazer parte da entidade equivalente da América Central e Caribe (Odecabe). Em maioria, os caribenhos devem ser fundamentais na eleição.

Presidente da Odecabe por quase duas décadas (de 1986 a 2004), o dominicano José Joaquín Puell também já é candidato à sucessão da Odepa, assim como Keith Joseph, de São Vicente e Granadinas, terceiro vice-presidente da entidade pan-americana, um posto abaixo de Nuzman.

Atleta olímpico de vôlei em Tóquio-1964, Nuzman comandou a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) por 22 anos. Em 1995, chegou à presidência do COB, sendo reeleito, em 2012, sem adversários, para seu quinto mandato, que vence no último trimestre do ano que vem. Em meio à organização dos Jogos do Rio, pouco se fala ainda sobre sua sucessão ou sobre a possibilidade de mais uma reeleição, autorizada por estatuto.

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