Presidente do COI se diz satisfeito com avanços das obras para Jogos de 2016
Rio de Janeiro, 24 fev (EFE).- O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou nesta terça-feira que está “muito satisfeito” com os avanços das obras para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
“Sim, estou muito satisfeito”, disse a jornalistas após comparecer à sessão de abertura da oitava visita da Comissão de Coordenação para os Jogos Olímpicos (Cocom) Rio 2016.
O dirigente, que também participará de uma reunião do Comitê Executivo do COI nesta semana, na capital fluminense, acrescentou que abordará os avanços das obras na reunião que terá com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, ainda nesta terça-feira.
O elogio de Bach às obras no Rio vem quase um ano depois que vários dirigentes do COI colocaram em dúvida a possibilidade de a cidade estar apta para sediar o evento em 2016.
Na ocasião, dirigentes de algumas federações criticaram o atraso das obras e a demora da Prefeitura do Rio de Janeiro para licitar projetos importantes para a organização dos Jogos Olímpicos.
Agora, no entanto, a prefeitura mantém todas as obras prometidas em dia e dentro do cronograma. Em dezembro de 2014, a única obra com atraso era o velódromo.
As obras no Complexo Esportivo de Deodoro, no qual serão disputadas 11 modalidades olímpicas, entre elas rúgbi, pentatlo moderno, tiro esportivo e hóquei sobre grama, avançam a passos rápidos após o processo de licitação para a escolha de diferentes empresas.
A oitava reunião da Comissão de Coordenação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, presidida pela ex-atleta marroquina Nawal El Moutawakel, começou nesta terça-feira em um hotel da zona sul do Rio de Janeiro com a participação do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman; do governador do estado, Luiz Fernando Pezão, e do prefeito da cidade, Eduardo Paes.
Na primeira sessão, a portas fechadas, os integrantes da comissão se reuniram com os representantes dos setores de segurança, transporte e comunicação dos Jogos na capital fluminense.
As medidas de segurança foram apresentadas por Andrei Rodrigues, da Secretaria Extraordinária do Ministério da Justiça para a Segurança dos Grandes Eventos, que pretendia ressaltar a importância da coordenação, sob um comando único, de todas as forças de segurança em âmbito municipal, regional e federal.
Esse modelo foi utilizado em eventos anteriores, como a Copa do Mundo, em 2014, e a visita de uma semana do papa Francisco à cidade, em 2013.
Em uma reunião na véspera, o ministro do Esporte, George Hilton, disse que o governo federal se encarregará da segurança das instalações esportivas para não utilizar agentes privados nos estádios, como ocorreu na Copa do Mundo.
A decisão busca “baratear” o custo e evitar que se repitam problemas como os dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando o governo britânico teve que pedir o auxílio das Forças Armadas em cima da hora, depois que uma empresa de segurança privada admitiu ser incapaz de mobilizar o número necessário de seguranças.
Na reunião da Comissão de Coordenação, Pezão enfatizou que o Brasil tentará cumprir a meta de descontaminar, até os Jogos, 80% das fontes que poluem a baía de Guanabara, onde serão disputadas as competições de vela.
O governador admitiu a possibilidade que várias das obras contratadas para descontaminar a baía não sejam concluídas antes dos Jogos, mas ressaltou que, de qualquer forma, haverá um “avanço” na limpeza da água. EFE
cm/vnm
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.