Presidente do STJD descarta virada de mesa: “o campeonato já acabou”

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2015 17h49

Em nome do presidente Eurico Miranda Folhapress Eurico Miranda

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Caio Rocha, não acredita em uma virada de mesa no Campeonato Brasileiro de 2015 depois que o Goiás, um dos rebaixados, anunciou o desejo de recorrer à Justiça para punir clubes que devem salários com perda de pontos. O clube esmeraldino recebeu também o apoio do Vasco de Eurico Miranda. Em entrevista ao repórter Rodrigo Viga, da Jovem Pan, o advogado afirmou que “o campeonato acabou” e que não vê base jurídica no caso.

“Já acabou o Campeonato Brasileiro. Essa discussão que se tem aí, não quero nem tecer comentários. Prefiro pensar que isso não vai acontecer, até porque a lei do Profut entrou em vigor no dia 5 de agosto, com o campeonato em andamento, e ela fala muito claramente que o benefício, se houvesse, seria para o quinto colocado da Série B, não para os que vão cair. Na verdade, subiriam mais times da Série B”, explicou.

Para Rocha, a alegação do Goiás com base nas regras do Profut dificilmente terá sustentação. O programa refinanciou as dívidas dos clubes em troca de contrapartidas como o fair play financeiro, segundo o qual times com atrasos salariais podem perder pontos na tabela. Porém, quando o campeonato começou, o Profut não estava em vigor, e o fair play financeiro não estava incorporado ao regulamento.

“Não sei se se aplica o Profut, é questionavel, porque a regra entrou em vigor com o campeonato em andamento. E o próprio Profut fala que isso tem que ser incorporado ao regulamento da competição, e não está. Costumo repetir que o intuito da regra é não haver atraso, e não tirar pontos dos clubes. O trabalho do STJD neste ano foi tranquilo, sem casos muito polêmicos, sem protagonismo, e espero que o ano se encerre assim”.

O presidente do STJD também defendeu uma mudança na regra – que clubes sofram sanções financeiras ou administrativas, como não poder contratar jogadores por um período, ao invés de perder pontos conquistados dentro de campo.

“Sem dúvida, acho que a punição de não contratar seria muito mais útil e eficaz nesses casos. Mas mudanças na legislação servem sempre para se aprimorar, e certamente as autoridades envolvidas vão perceber. Tenho esperança que se corrijam essas distorções”, concluiu.

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