Presidente peruano condena insultos racistas a Tinga

  • Por Agencia EFE
  • 13/02/2014 20h22

O presidente do Peru, Ollanta Humala, condenou nesta quinta-feira os insultos racistas de um grupo de torcedores do Real Garcilaso contra o meia Tinga, do Cruzeiro, durante a partida do grupo 5 da Taça Libertadores disputada em Huancayo nesta quarta.

“Um país tão diverso como o nosso e que fortalece sua identidade com toda sua cultura não deve admitir reações racistas de nenhum tipo”, publicou Humala em seu perfil no Twitter.

Em outra mensagem, Humala acrescentou: “Expressões como as de ontem em um jogo de futebol devem gerar indignação e impulsionar nossa luta contra todo tipo de discriminação”.

Tinga, ex-jogador de Botafogo, Grêmio e Borussia Dortmund e campeão da Libertadores pelo Internacional, afirmou que foi atacado verbalmente por parte da torcida do Garcilaso por ser negro.

Joguei quatro anos na Alemanha e nunca passei isso. Agora, aconteceu isso em um país muito parecido com o nosso, com misturas de raças. Trocaria um título meu pela igualdade e pelo respeito entre raças no mundo”, declarou o meia ao deixar o gramado do Estádio de Huncayo.

A presidente Dilma Rousseff, foi outra a condenar os insultos racistas e anunciou que junto com a ONU e a Fifa lutará contra a discriminação durante a Copa do Mundo no Brasil.

“Ao sair do jogo, Tinga disse q trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças. Por isso, hoje o Brasil inteiro está #FechadoComOTinga”, twittou Dilma.

O treinador do Real Garcilaso, Fredy García, pediu desculpas ao atleta e ao Cruzeiro pelos insultos e anunciou que o assunto será investiago.

“Eu não vi o que aconteceu, mas é algo muito triste. Pedimos desculpas ao Cruzeiro e ao jogador. Vamos investigar tudo, porque o Real Garcilaso é uma equipe grande e não pode estar vinculada com episódios desta natureza”, disse.

A atitude dos torcedores também foi condenada pelo capitão da equipe peruana, o zagueiro Joel Herrera. “Retornando de madrugada, lamentando e repudiando os atos de racismo. Não ao racismo”, escreveu Herrera no Twitter. EFE

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