Pressionado, Dunga critica mudança constante de técnicos: “cadê a convicção?”
O técnico da Seleção Brasileira, Dunga, criticou nesta segunda-feira (25) as constantes mudanças de treinador no futebol do País e defendeu seu trabalho à frente da equipe nacional. Falando a um público formado principalmente por treinadores e dirigentes de federações do País, Dunga afirmou que a cultura da mudança não pode se restringir ao campo de jogo e foi taxativo: “nós não queremos ter razão, nós queremos ganhar”.
O treinador foi o primeiro a palestrar no evento “Somos Futebol – Semana de Evolução do Futebol Brasileiro”, que está sendo realizado na sede da CBF. Dunga falou por cerca de trinta minutos, período em que apresentou o trabalho que vem sendo desenvolvido na entidade e, principalmente, à frente da Seleção.
Pressionado pela campanha ruim do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018 – a Seleção é apenas a sexta colocada, com nove pontos em seis rodadas -, o técnico fez um paralelo com a fase de classificação ao Mundial de 2010, quando ele também comandou o Brasil. Dunga lembrou que, daquela vez, o Brasil chegou à sexta rodada com a mesma pontuação de agora. Na ocasião, o time brasileiro acabou se classificando em primeiro.
“A gente gosta de mudar de treinador, mas cadê nossas convicções?”, questionou o técnico. “Todo mundo quer mudança, mas só falam de mudança dentro de campo. Todo mundo tem que mudar.”
Para ele, a pressão da tabela pode ter um lado positivo. “Você forma um grupo vencedor nas dificuldades. Ele fica cascudo”, defendeu, apontando ainda para a falta de experiência do grupo. Segundo Dunga, dos 35 jogadores que já foram convocados para os jogos das Eliminatórias, apenas Daniel Alves, Miranda e Filipe Luís já estiveram em campo por essa fase de classificação anteriormente. “Solução pra hoje não tem. Parece que nós sempre nos classificamos (para a Copa) com facilidade, e não foi assim. Nossas classificações sempre foram com dificuldades.”
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