Pressionado, Dunga critica mudança constante de técnicos: “cadê a convicção?”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/04/2016 12h09
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BRA58. RECIFE (BRASIL), 24/03/2016.- El director técnico de la selección brasileña de fútbol, Dunga, participa en una rueda de prensa hoy, jueves 24 de marzo de 2016, en la arena Pernambuco de Recife (Brasil). Brasil enfrentará a Uruguay este viernes en partido por las eliminatorias sudamericanas al Mundial de Rusia 2018. EFE/Sebastião Moreira Sebastião Moreira/EFE Acreditando na conquista do ouro olímpico

O técnico da Seleção Brasileira, Dunga, criticou nesta segunda-feira (25) as constantes mudanças de treinador no futebol do País e defendeu seu trabalho à frente da equipe nacional. Falando a um público formado principalmente por treinadores e dirigentes de federações do País, Dunga afirmou que a cultura da mudança não pode se restringir ao campo de jogo e foi taxativo: “nós não queremos ter razão, nós queremos ganhar”.

O treinador foi o primeiro a palestrar no evento “Somos Futebol – Semana de Evolução do Futebol Brasileiro”, que está sendo realizado na sede da CBF. Dunga falou por cerca de trinta minutos, período em que apresentou o trabalho que vem sendo desenvolvido na entidade e, principalmente, à frente da Seleção.

Pressionado pela campanha ruim do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018 – a Seleção é apenas a sexta colocada, com nove pontos em seis rodadas -, o técnico fez um paralelo com a fase de classificação ao Mundial de 2010, quando ele também comandou o Brasil. Dunga lembrou que, daquela vez, o Brasil chegou à sexta rodada com a mesma pontuação de agora. Na ocasião, o time brasileiro acabou se classificando em primeiro.

“A gente gosta de mudar de treinador, mas cadê nossas convicções?”, questionou o técnico. “Todo mundo quer mudança, mas só falam de mudança dentro de campo. Todo mundo tem que mudar.”

Para ele, a pressão da tabela pode ter um lado positivo. “Você forma um grupo vencedor nas dificuldades. Ele fica cascudo”, defendeu, apontando ainda para a falta de experiência do grupo. Segundo Dunga, dos 35 jogadores que já foram convocados para os jogos das Eliminatórias, apenas Daniel Alves, Miranda e Filipe Luís já estiveram em campo por essa fase de classificação anteriormente. “Solução pra hoje não tem. Parece que nós sempre nos classificamos (para a Copa) com facilidade, e não foi assim. Nossas classificações sempre foram com dificuldades.”

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