Prestes a entrar para o Hall da Fama, Fofão revela discurso inacabado e saudade do vôlei
Longe do vôlei há menos de seis meses, Fofão se prepara para mais um grande momento na sua brilhante carreira. Selecionada para entrar no Hall da Fama do Vôlei, a histórica levantadora da seleção brasileira conversou com exclusividade com a Rádio Jovem Pan, e comentou a expectativa dos dias que antecedem a cerimônia que colocará a ex-jogadora de 45 anos entre os maiores nomes do vôlei em todos os tempos, e ainda destacou a saudade que sente de jogar.
“Mais uma emoção grande na minha carreira, chegando o dia de receber essa homenagem. Estou muito ansiosa e muito feliz porque com certeza vai ser um momento marcado com muito carinho, porque ser reconhecido fora do Brasil é muita emoção para qualquer atleta”, festou Fofão em sua participação ao programa Domingo Esporte.
A cerimônia do Hall da Fama acontece no próximo dia 24 de outubro, em Holyoke, Massachusetts, nos Estados Unidos, e a ex-levantadora olímpica em 2008 ainda não sabe o que falar no momento da homenagem. Fofão destacou que está trabalhando em seu discurso para o momento solene e que ainda não sabe nem qual roupa vestir no dia tão especial.
“Já fiz vários discursos. Cada hora acho que não está bom, faço de novo. Estou tentando fazer uma cosia bacana, não pode ser longo, mas que eu consiga passar minha emoção e agradecer quem tenho que agradecer. Eu estou treinado. Não consegui terminar, cada vez vem uma ideia diferente na cabeça. Já estou com uns cinco discursos que até agora não consegui definir. Mas tenho que praticar. Tem que ser em inglês e precisa estar bem traduzido”, afirmou.
“E a roupa, eu estou vendo ainda. É pouco tempo pra muita cosia e passa cada vez mais rápido”, completou.
Fofão deixou o vôlei no último mês de maio e os meses em casa ainda foram suficientes para que uma das maiores levantadoras da história do país tenha se acostumado. A ex-jogadora destacou que ainda sente falta do ambiente profissional, e ainda comentou uma nova fase na sua vida, agora como palestrante.
“Estou curtindo bastante a vida. Dando prioridade pra vida. Confesso que, agora que vejo os times se apresentando, dá aquela emoção, mas estou procurando me controlar. Sinto muita falta do dia a dia, das jogadoras, do ambiente, das amizades. Mas estou muito tranquila e quando dá, arrumo um lugar, bato uma bolinha, mas só de vez em quando”, destacou a campeã olímpica com 30 anos de carreira no vôlei.
“Tenho corrido bastante o interior, tem sido bacana, estou tingido o publico que realmente quero: é o adolescente. É o publico que gosto de atingir, o mais jovem, que buscar o incentivo naquilo que a gente fala. Acho que temos uma missão muito grande referente a isso. Eles têm uma expectativa muito grande quando veem um ídolo de perto. Estou tendo essa oportunidade de fazer algumas palestras pra esse publico. Interajo, bato bola, jogo com eles. Estou bem feliz com isso que está acontecendo porque só estando perto, vemos como o Brasil é carente”, explicou.
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