Procuradora-Geral dos EUA anuncia nova ofensiva contra dirigentes do futebol

  • Por Agencia EFE
  • 14/09/2015 13h59
Jovem Pan Loretta Lynch - Secretária de Justiça dos Estados Unidos

A Procuradora-Geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, anunciou nesta segunda-feira que será lançada uma nova operação anticorrupção contra dirigentes de futebol e não descartou a possibilidade de novas prisões.

“Não podemos dar nomes por enquanto, mas estamos muito ativos. Desde maio, expandimos nossa investigação e poderemos abrir novos processos contra pessoas e entidades”, disse Lynch, em discurso na Conferência Anual da Associação Internacional de Promotores.

No dia 27 de maio deste ano, agentes da polícia de Zurique, na Suíça, detiveram sete dirigentes, entre eles o ex-presidente da CBF e ex-vice-presidente da Fifa, José Maria Marin, que segue preso. De acordo com Lynch, os novos dirigentes enquadrados poderão vir de várias partes do mundo.

“Nossa investigação continua ativa e sua dimensão não é limitada. Seguiremos as evidências na direção que elas nos levarem”, disse a Procuradora-Geral dos EUA.

A ação de maio, deflagrada por causa da realização do Congresso da Fifa, em que seria eleito o presidente da entidade, foi feita em parceria com a justiça suíça. Questionada sobre a colaboração de outros países, Lynch sinalizou positivamente sobre trabalho conjunto.

“O problema da corrupção no futebol é global e vamos nos manter alertas, em nosso esforço para ter uma resposta global”, disse a americana.

No mesmo evento, o Procurador-Geral da Suíça, Michael Lauber, confirmou que imóveis que dirigentes tinham no país foram embargados, assim como 121 contas bancárias estão sendo investigadas. O representante, no entanto, afirmou que “ainda é cedo” para divulgar os nomes dos titulares.

Lauber garantiu que um dos focos da investigação suíça diz respeito aos contratos comerciais assinados pela Fifa com confederações e federações.

Neste domingo, a emissora de televisão suíça “SRF”, veiculo que o presidente da entidade, Joseph Blatter, vendeu em 2005 os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2010, ao então vice-presidente da entidade, Jack Warner, por US$ 250 mil, e os do Mundial de 2015, por US$ 350 mil, o que representa apenas 5% do valor de mercado. 

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