Prodígio? Carateca bate ídolo, ganha tudo em 1º ano e renova fé do Brasil para 2020

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2016 14h34
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Hernani Veríssimo tem 21 anos e Facebook/Reprodução Hernani Veríssimo tem 21 anos e

Imagine a seguinte situação: você começa a praticar uma determinada modalidade esportiva e, logo no primeiro ano como adulto, vence o seu maior ídolo e atual número um do mundoganha todos os campeonatos possíveis e assume a liderança do ranking nacional. Bom, né? Pois então… Foi exatamente isto o que aconteceu com o carateca Hernani Antônio Veríssimo, piracicabano de 21 anos. 

Em sua primeira temporada entre os adultos, Veríssimo teve uma ascensão meteórica – e que pode, por que não, fazer aumentar as esperanças brasileiras de faturar medalhas logo na estreia do caratê nos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020. Hoje líder do ranking brasileiro na categoria até 75kg, o jovem é o número 15 do mundo e promete chegar com tudo ao maior evento esportivo do planeta. 

“Agora, vou fazer um trabalho ainda mais forte para que possa me classificar para disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O ano de 2016 foi o meu primeiro após a saída do sub-21 e já estou em uma colocação muito boa no ranking mundial. Isso me deu uma visibilidade muito legal dentro do caratê. Quem sabe não posso brigar por uma medalha…”, imaginou Veríssimo, em entrevista exclusiva a André Ranieri que vai ao ar no próximo Domingo Esporte, da Rádio Jovem Pan.

O carateca deixou a “base” do esporte brasileiro no fim do ano passado. E, logo em sua primeirtemporada entre os adultos, chocou. Seletiva Nacional, Copa Brasil, Aberto Internacional Arnold Classic, Pan-Americano, Sul-Americano, etapa de Fortaleza da Premier League… Veríssimo ganhou simplesmente todos os campeonatos que disputou na categoria até 75kg em 2016.  

Em um destes torneios, o brasileiro fez 5 a 0 “apenas” em Thomas Scott, americano que lidera o ranking mundial da categoria e é um dos maiores ídolos da modalidade no momento – o próprio Veríssimo já admitiu ser fã do número 1 do mundo. “Assim que eu saí do sub-21, no começo do ano, eu me reuni com o meu técnico e tracei o nosso objetivo para a temporada. Eu disse que gostaria de ganhar todas as competições possíveis. Felizmente, estou conseguindo… Tem sido muito legal”, revelou o jovem Hernani, com a simplicidade de quem, há dez anos, sequer treinava caratê. 

Foi em 2009, quando tinha 14 anos, que o novo prodígio do caratê brasileiro começou a praticar a arte marcial japonesa. “Eu tinha acabado de mudar de casa, e minha mãe me perguntou se eu queria fazer caratê... Mas eu não sabia se queria. Acabou que fui fazer uma aula-teste e me apaixonei. Não quis mais parar. Comecei a lutar em torneios pequenos e fui crescendo. Hoje, estou ganhando título entre os adultos. Está tudo muito bom”, celebrou o lutador, que, pela manhã, estuda – ele cursa o sexto semestre da faculdade de Educação Física – e, na parte da tarde/noite, dá aula em uma academia. 

Só Hernani?

Engana-se quem pensa que o jovem Hernani Veríssimo é a única esperança de medalha para o caratê brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Muito praticada, a arte marcial é forte no País pentacampeão mundial de futebol e pode render algumas condecorações ao Brasil daqui a quatro anos – para se ter noção, a Seleção Brasileira ocupa atualmente a sexta posição no ranking mundial de caratê. 

Hoje, o principal nome da modalidade no Brasil é Douglas Brose. Gaúcho de Cruz Alta, o carateca de 30 anos já ganhou dois títulos mundiais (2010 e 2014) e é o atual campeão pan-americano da categoria até 60kg. Em 2020, ele estará com 35 anos, mas, mesmo assim, será a principal aposta do País para os Jogos de Tóquio.

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