Promotoria paraguaia abre processo de prisão de Nicolás Leoz

  • Por Agência EFE
  • 30/05/2015 14h02
EFE Nicolás Leoz tem 86 anos e é um dos 14 acusados de corrupção na Fifa

A promotoria paraguaia abriu processo de prisão e imposição de medidas cautelares ao ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz, que foi indiciado pela justiça dos Estados Unidos por suposto envolvimento em um esquema de corrupção na Fifa.

Além disso, o órgão pediu a fixação de uma data para realizar audiência de identificação e para que se possa constatar o estado de saúde do dirigente de 86 anos, que está internado desde a quarta-feira, dia em que o escândalo explodiu, em um sanatório de Assunção, que pertence ao grupo empresarial que comanda.

A defesa de Leoz apresentou na sexta-feira um relatório médico apontando para um quadro de “crise hipertensiva”. Além disso, o documento diz que o paraguaio sofre de doença coronária e insuficiência renal crônica, entre outros problemas de saúde.

A promotoria lembrou que o Código Penal paraguaio impede a decretação de prisão de pessoas maiores de 70 anos, assim como portadores de graves ou terminais doenças, desde que devidamente comprovadas.

Na audiência que deverá ser marcada, um médico legista indicado pela justiça e outro pelo Ministério Público terão que realizar uma avaliação de Nicolás Leoz.

A promotoria ainda requereu que o Departamento de Identificações da Polícia Nacional remeta, no prazo de 72 horas, os antecedentes policiais do ex-presidente de Conmebol.

A Corte Distrital de Nova York solicitou a prisão temporária, com fins de extradição de Leoz, sob a acusação de “conspiração para concordar intencionamente, dirigir ou participar de atividades de crime organizada, relacionado com fraude”, segundo comunicado da promotoria paraguaia.

O ex-presidente da Conmebol é acusado de esquema de corrupção, para “roubar usando meios de comunicação”, além de comandar uma transção que envolve lucros de uma atividade ilícita. 

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