Quase 1 milhão de russos pedem dissolução da seleção após fiasco na Eurocopa

  • Por EFE
  • 13/07/2016 14h44
EFE Em jogo manchado por violência extracampo

Quase 1 milhão de russos pediram a dissolução da seleção do país depois da eliminação na primeira fase da última Eurocopa, com apenas um ponto conquistado.

“Dissolver a seleção de futebol da Rússia: queremos nos orgulhar e não nos envergonhar”, afirma o abaixo-assinado realizado por meio do site “Charge.org” e dirigido, entre outros, ao presidente do país, Vladimir Putin.

Os torcedores consideram que os atuais jogadores russos não “cumpriram com as expectativas”, após conseguir uma classificação surpreendente para a Eurocopa depois da saída Fabio Capello. Sede da Copa do Mundo de 2018, a Rússia também decepcionou no Mundial de 2014, no Brasil, no qual também caiu na primeira fase.

A Rússia foi considerada como uma das piores equipes do torneio continental por conquistar apenas um ponto, em empate no último minuto da partida contra a Inglaterra, por 1 a 1. Além disso, a seleção do país perdeu para a Eslováquia, por 2 a 1, e para o País de Gales, por 3 a 0, o que provocou a demissão de Leonid Slutski.

Os signatários do pedido exigem a imposição de restrições aos orçamentos do clube e a suspensão das limitações ao número de estrangeiros que podem jogar no Campeonato Russo, alegando que essa é a única forma de aumentar a competitividade.

O sucesso da iniciativa foi tal que obrigou o ministro de Esportes e presidente da União de Futebol da Rússia (UFR), Vitaly Mutko a se manifestar. “Certamente, estou disposto a me reunir com os autores do pedido. As pessoas estão descontentes com a qualidade do jogo e a falta de vontade. Mas depois teremos que formar uma equipe, e os extraterrestres não virão nos ajudar”, disse.

Mutko afirmou estar confiante que o novo técnico da Rússia levará em conta a opinião popular sobre o comportamento de alguns jogadores, formando uma “nova seleção”. Os torcedores isentam de culpa apenas o goleiro Igor Akinfeev. Já atletas como Aleksandr Kokorin e Pavel Mamaev foram muito criticados, especialmente por terem sido fotografados em uma festa após a eliminação.

Slutski, que levou a equipe à Eurocopa com apenas três meses no cargo, apostou nos jogadores experientes, mas a estratégia não deu certo, especialmente na defesa.

O desempenho ruim em campo se uniu ao vergonhoso comportamento dos ultras russos, que inclusive superaram a violência dos hooligans ingleses dentro e fora do estádio, o que quase provocou a eliminação da seleção da Rússia do torneio.

A má atuação da Eurocopa se agrava pelo fato de a Rússia ser sede do Mundial de 2018 e também da Copa das Confederações de 2017, torneios nos quais os torcedores temem novos vexames.

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