Real volta a Mundial de Clubes após 14 anos e quer esquecer fiasco de 2000

  • Por Agencia EFE
  • 08/12/2014 16h10
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Redação Central, 8 dez (EFE).- Depois de 14 anos o Real Madrid volta a disputar um Mundial de Clubes, e, além do amplo favoritismo, entra focado para esquecer o fiasco da participação na edição do torneio realizada no Brasil, em 2000.

A competição terá início na quarta-feira, com duelo entre os detentores dos títulos do Campeonato Marroquino e da Liga dos Campeões da Oceania, Moghreb e Auckland City, respectivamente.

O Real Madrid só entra em campo no dia 16, e enfrentará o vencedor do confronto entre Cruz Azul, que venceu a Liga dos Campeões da Concacaf, e Sydney Wanderers, classificado por ter conquistado a Liga dos Campeões da Ásia.

No primeiro torneio disputado em formato semelhante ao atual, o clube espanhol acabou apenas com a quarta colocação. Após terminar a fase de grupos na segunda posição, atrás do campeão Corinthians, perdeu para o Necaxa a disputa do terceiro lugar.

A equipe do técnico Carlo Ancelotti ainda tem uma motivação extra. Apesar de ter três títulos da Copa Intercontinental, ainda não venceu o “novo” Mundial. E ainda assistiu a duas vitórias do maior rival, o Barcelona, em 2009 e 2011.

Embalado pela liderança no Campeonato Espanhol, pela sequência de vitórias e já com vaga garantida na próxima fase da Liga dos Campeões, a equipe vai com força máxima para o Marrocos.

No entanto, Ancelotti tem alguns desfalques importantes para a competição. O meia James Rodríguez, artilheiro da última Copa do Mundo, sofreu lesão na panturrilha direita no último sábado e só deverá jogar se o clube chegar a uma eventual final. Luka Modric e Sami Khedira também estão no departamento médico e são dúvidas para o torneio.

Apesar do grande favoritismo, o Real Madrid terá dois principais adversários na luta pelo caneco: o Cruz Azul, campeão do Liga dos Campeões da Concacaf, e o San Lorenzo, vencedor da Taça Libertadores.

Mesmo com os títulos nos dois principais torneios continentais da América, ambos os clubes não estão em boa fase. O Cruz Azul terminou o Torneio Clausura do Campeonato Mexicano apenas na 13ª colocação, não se classificando para a fase final da competição. Já o San Lorenzo ocupa a oitava posição no Torneio Transición do Campeonato Argentino, dez pontos atrás do líder Racing.

O técnico do Cruz Azul, Luis Fernando Tena, diz que a equipe entrará no Mundial para salvar um semestre de maus resultados e que jogadores experientes, como Gerardo Torrado, estão muito motivados para o campeonato.

“É a primeira vez que o Cruz Azul vai jogar esse torneio e queremos aproveitar ao máximo essa oportunidade”, afirmou o treinador antes de viajar para Marbella, na Espanha, cidade escolhida pelo clube para se concentrar para a competição.

Já o San Lorenzo, também estreante na competição, tem uma motivação interna: ser o primeiro time argentino a vencer o Mundial de Clubes. O Boca Juniors, em 2007, e o Independiente, em 2009, chegaram à decisão, mas acabaram derrotados por Milan e Barcelona, respectivamente.

Os jogos da primeira fase e das quartas de final serão disputados em Rabat. A partir da semifinal, as partidas serão realizadas em Marrakech.

O Moghreb, que faz o duelo de abertura, quer repetir a façanha do também marroquino Raja Casablanca, que superou favoritos, como o Atlético Mineiro, e só perdeu a decisão contra o Bayern de Munique na edição do ano.

Se vencer o Auckland City no estádio Príncipe Moulay Abdallah, a equipe ainda terá que passar pelo Sétif, clube da Argélia que venceu a Liga dos Campeões da África. Depois, encara o San Lorenzo na semifinal. EFE

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