Red Bull insinua que pode deixar F-1 caso não haja mudanças no regulamento

  • Por Agência EFE
  • 16/03/2015 12h54
EFE A Red Bull ficou na liderança de um dia de testes pela primeira vez com Daniel Ricciardo

O ex-piloto Helmut Marko, consultor da Red Bull, advertiu nesta segunda-feira que a escuderia austríaca pode deixar a Fórmula 1 caso as regras atuais não sejam mudadas.

“Avaliaremos a situação novamente no meio do ano, como em todos os anos, analisaremos os custos e as receitas, e se estivermos totalmente insatisfeitos, cogitaremos uma saída da Fórmula 1”, comentou Marko após o Grande Prêmio da Austrália, em Melbourne, neste domingo.

Tetracampeã de construtores e de pilotos – com o alemão Sebastian Vettel – entre 2010 e 2013 e segunda melhor equipe de 2014, a Red Bull não teve um bom começo de temporada em 2015. O australiano Daniel Ricciardo ficou em sexto lugar, enquanto o russo Daniil Kvyat sequer pôde largar devido a um problema mecânico.

Depois da corrida em Melbourne, o chefe da escuderia, Christian Horner, solicitou medidas para igualar o rendimento dos atuais motores, e Marko comentou que o proprietário da Red Bull, Dietrich Mateschitz, poderia perder interesse no esporte.

“O perigo é que o senhor Mateschitz pode perder sua paixão pela Fórmula 1”, destacou o ex-piloto, que criticou as novas normas introduzidas em 2014, que permitiram um domínio absoluto da Mercedes.

“Estas unidades de potência são a solução errônea para a Fórmula 1, e diríamos isso até se a Renault (fornecedor de motores da Red Bull) estivesse na liderança. As regras técnicas não são compreensíveis, são complicadas demais e caras demais”, argumentou.

“Estamos governados por uma fórmula de engenheiros. Nós também queríamos uma redução de custos, mas não está acontecendo assim. Um projetista como Adrian Newey (que deixou a categoria) está limitado por este tipo de motor. Essas regras matarão o esporte”, completou.

A Red Bull, cujo proprietário é dono também da Toro Rosso, tem assinado um compromisso de permanência no grid até 2020, pelo menos.

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